Entidade alerta para possível fraude em tentativa de venda particular de terreno
Oferta de lote na área pertencente à associação, com indicação de ‘Terreno Padre Osvaldo’, foi postada em um grupo do Facebook
Foto: REPRODUÇÃO - Anúncio nas redes sociais tenta negociar terreno de loteamento que ainda está em fase de regularização
Por Rodrigo Ferrari | 20 de setembro, 2022
 

Os loteamentos da Associação Bom Pastor ainda estão em fase de regularização. Porém, já estão sendo alvo da cobiça de pessoas que utilizam as redes sociais para negociar. Em um grupo do Facebook dedicado ao anúncio de ofertas de produtos e serviços em Catanduva, uma mulher fez ontem um post oferecendo um terreno com “ótima localização” em uma das áreas da entidade.    

"Terreno Padre Osvaldo, 1 Área”, diz a descrição do item à venda, em referência ao loteamento localizado nas imediações do Pachá e do Giuseppe Spina, que está ainda em processo de regularização. A utilização do nome do sacerdote se deve ao fato de ele ter sido o idealizador do projeto, antes ainda de se tornar prefeito em 2020.    

Procurado pela reportagem, Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB) afirmou que o anúncio é fraudulento. De acordo com ele, a área ainda está em fase de regularização no cartório. Somente após o registro ser concluído é a prefeitura poderá fazer o pedido dos recursos estaduais para a realização das obras de infraestrutura necessárias para que as famílias possam ocupar seus lotes.    

“Como essa etapa das obras envolve licitação, deve demorar no mínimo 24 meses”, afirma Padre Osvaldo. De acordo com ele, sem o traçado das ruas e a infraestrutura, não existe desmembramento dos terrenos. Portanto, o anúncio publicado pela mulher no Facebook diz respeito a um item que ainda não existe oficialmente.    

“Esse anúncio é falso. A área está em nome da Associação e ninguém pode vender terrenos nesta fase. Só depois de tudo concluído é que será possível”, explica.    

Segundo ele, o recente sorteio feito pela entidade serviu para definir as quadras em que cada associado terá seu lote. “Como ainda não existe o traçado das ruas, não tem como afirmar qual terreno é de quem”, diz Padre Osvaldo.    

Ele afirma que, além de não ter base jurídica, a tentativa de venda de terrenos da Associação Bom Pastor pode acarretar em punições administrativas e jurídicas para os envolvidos. 

Autor

Rodrigo Ferrari
É jornalista de O Regional.

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