Uma simples pesquisa na internet por vagas de emprego já é capaz de sinalizar a quantidade de postos de trabalhos que exigem ensino superior como requisito básico para se tornar um candidato. É um direcionamento do mercado de trabalho que se consolidou ao longo das últimas décadas e revela uma tendência que deve se tornar ainda mais efetiva nos próximos anos.
Para a doutora em Educação e docente do curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera, professora Cibele Rosa, à medida que a taxa de escolaridade da população aumenta, é natural que o mercado de trabalho amplie seu nível de exigência na qualificação da mão de obra. “A sofisticação dos serviços demanda por profissionais especializados e com capacidades únicas, portanto, a formação superior de qualidade é o melhor caminho para o sucesso nessa jornada.”
Um dos indicadores que comprovam a importância da educação na transformação da sociedade é o estudo realizado entre agosto e outubro de 2021 pelo Instituto Semesp - entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil -, que aponta crescimento salarial para profissionais com ensino superior completo.
O levantamento, feito com mais de 8.500 egressos e alunos de graduação do país, permite identificar a migração entre as faixas de rendimento mensal no período antes e após a graduação. Por exemplo, a quantidade de pessoas que recebem remuneração acima de R$ 5 mil teve crescimento de 135% após a conclusão do ensino superior. Já entre os estudantes que recebiam até R$ 1 mil mensais antes de terminar o curso, pelo menos 91,4% apresentaram rendimento superior a esse valor após a conclusão.
Dados da pesquisa apontam também que 78,8% dos egressos de instituições privadas consideram a graduação importante para entrar no mercado de trabalho. “A conquista da educação é o melhor recurso para transformação na vida das pessoas, em diferentes aspectos, como no campo financeiro ou no autoconhecimento e autoestima, além de ser motivo de orgulho entre as famílias”, destaca a professora.
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