O Hospital Emílio Carlos está retomando os leitos que foram desmobilizados para montar a UTI Covid. O alerta foi emitido pela Prefeitura de Catanduva, na segunda-feira, 4, junto ao Boletim do Coronavírus, divulgado no início da noite. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a partir de agora os pacientes que precisarem de internação serão levados a Novo Horizonte.  

Questionada pela reportagem do Jornal O Regional, a Fundação Padre Albino, que administra o Hospital Emílio Carlos, confirmou a informação, mas ressaltou que a instituição continua sendo referência para a área de Enfermaria Covid do SUS, com total de 10 leitos. A nova configuração segue determinação do Governo do Estado. 

“Não somos mais referência para UTI Covid SUS. Os municípios que precisarem de leitos de UTI Covid SUS serão regulados, via CROSS, para Novo Horizonte ou Rio Preto”, esclareceu a Assessoria de Comunicação da FPA, fazendo referência à Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde. 

O ajuste feito pelo poder público está relacionado à redução de casos e internações da Covid-19 no Estado de São Paulo. Conforme os dados mais recentes, divulgados no dia 30 de março, houve redução de 84% das internações pela doença desde o final de janeiro, ápice da Ômicron. 

Em Catanduva, o boletim de segunda-feira, 4, mostrou índices controlados de ocupação hospitalar. No Hospital Emílio Carlos, havia 15 pessoas internadas, ao todo, sendo seis na Enfermaria SUS (60%), quatro na Enfermaria Convênio (50%) e quatro na UTI Convênio (26%). 

No Hospital Padre Albino, que só atende gestantes e crianças com suspeita ou confirmação da Covid, havia um paciente na Enfermaria (25%). No Hospital Unimed São Domingos, a UTI Covid estava vazia e a Enfermaria tinha apenas um paciente (7%). A UPA estava sem internados. 

Em comparativo traçado pelo Jornal O Regional, o cenário atual dos hospitais de Catanduva é bem diferente do visto há cerca de 60 dias. Conforme boletim divulgado no dia 31 de janeiro, o Emílio Carlos tinha 100% de ocupação na enfermaria e UTI SUS, mesmo caso da Enfermaria do Hospital São Domingos. Havia, ainda, cinco pacientes na UPA, aguardando liberação de leitos.