Em um ano, catanduvenses pagaram R$ 136 milhões em impostos
Montante representa aumento de 11,4% com relação ao ano anterior e é um dos mais altos entre as cidades de mesmo porte
Foto: Reprodução/Redes Sociais - Arrecadação de Catanduva passou de R$ 122,5 milhões para R$ 136,6 milhões
Por Guilherme Gandini | 01 de fevereiro, 2023

A arrecadação de impostos em Catanduva aumentou 11,4% em 2022, na comparação com o ano anterior. O montante passou de R$ 122,5 milhões para R$ 136,6 milhões no período, segundo dados do Impostômetro, ferramenta criada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e que leva em conta apenas os tributos municipais. O levantamento é do jornal O Regional.

A carga tributária que recaiu sobre os catanduvenses em 2022 foi maior do que a registrada na maioria das cidades de porte semelhante. Em Birigui, a arrecadação foi de R$ 102,4 milhões, em Guaratinguetá R$ 84,9 milhões, Ribeirão Pires R$ 93,2 milhões, Ourinhos R$ 88 milhões, Itatiba R$ 130,4 milhões e Sertãozinho R$ 121,2 milhões. Já Barretos alcançou R$ 139 milhões.

Na região de Catanduva, quem mais arrecadou foi Itajobi, que alcançou R$ 16,7 milhões, sendo seguida por Pindorama (R$ 10,9 mi), Santa Adélia (R$ 8,1 mi), Urupês (R$ 7,2 mi), Paraíso (R$ 7 mi), Tabapuã (R$ 5,7 mi), Catiguá (R$ 2,8 mi), Ariranha (R$ 2,5 mi), Palmares Paulista (R$ 2,2 mi), Elisiário (R$ 2 mi), Embaúba (R$ 1,9 mi), Marapoama (R$ 1,5 mi) e Novais (R$ 1,4 mi).

Ao todo, os contribuintes brasileiros pagaram, em 2022, R$ 2,8 trilhões em impostos, de acordo com o Impostômetro. Esse é o montante arrecadado pelos governos federal, estadual e municipal incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. Em 2021, o painel registrou cerca de R$ 2,6 trilhões. O aumento entre um ano e outro, portanto, foi de 11,5%.

INFLAÇÃO

De acordo com o economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o avanço em 2022 deu-se pela maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações, como foi o caso dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. “Adicionalmente, ainda, tivemos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e serviços”, pontua.

Ruiz de Gamboa defende a realização de reformas estruturais para reduzir o peso dos impostos: “A nossa carga tributária continua sendo elevada para os padrões de um país emergente. A reforma administrativa e a contenção dos gastos públicos são alguns dos caminhos para diminuir o peso dos impostos.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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