Na região de São José do Rio Preto, composta por mais de 100 municípios e população de 2 milhões de habitantes, a estimativa é de que cerca de 200 mil pessoas tenham Doença Renal Crônica (DRC) em decorrência de doenças que afetam os rins, como hipertensão e diabetes.
De acordo com o nefrologista do Hospital de Base, segunda maior instituição em produção SUS do país, Horácio Ramalho, o diagnóstico precoce aumenta as chances de controle dos sintomas e previne a progressão da doença. “A doença renal crônica é silenciosa e por isso fazer exames de rotina, como a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina, é um dos caminhos mais seguros para se evitar possíveis lesões no órgão”, explica.
O exame de urina detecta a presença da proteína albumina, responsável por diversas funções no organismo, e quando encontrada na urina, indica alterações das funções renais. Já o exame de sangue, analisa os níveis de creatinina, substância produzida pelos músculos e que em alta concentração no sangue também indica problema nos rins.
“Após o diagnóstico, o tratamento pode variar de acordo com o estado de saúde do paciente e o estágio da Doença Renal Crônica, podendo ser indicado o uso de medicamentos, mudança na alimentação, hemodiálise e transplante renal”, disse o nefrologista.
CAMPANHA
Este ano, a campanha do Dia Mundial do Rim, idealizada pela International Society of Nephrology (ISN) e coordenada no Brasil pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), quer incentivar a população a procurar um médico e realizar os exames de rotina, como de urina e o de sangue.
O objetivo é identificar possíveis problemas nos rins, aumentar as chances de controle dos sintomas, prevenir a progressão da doença e, com isso, diminuir a taxa de mortalidade.
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