Divaldo Franco apoiou projetos e visitou Catanduva anualmente
Líder espírita tinha amizade com o empresário Roberto Cacciari desde os anos 1970; ele morreu aos 98 anos na terça
Foto: Arquivo Pessoal - Divaldo Franco e Roberto Cacciari eram amigos desde 1972 com grande proximidade
Por Guilherme Gandini | 15 de maio, 2025

O médium Divaldo Franco morreu na terça-feira, 13 de maio, aos 98 anos, em Salvador. Segundo a Mansão do Caminho, instituição espírita fundada por ele em 1952, ele faleceu às 21h45. O enterro será nesta quinta-feira, 15, às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, na capital baiana.

Nascido em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana/BA, Divaldo Franco era o mais novo de 13 irmãos. Segundo sua biografia oficial, o médium teve sua primeira experiência espiritual aos 4 anos de idade, quando teria conversado com sua já falecida avó.

Em 1947, fundou seu primeiro centro espírita, o Caminho da Redenção, junto com Nilson Pereira de Souza, que morreu em 2013. Os dois fundariam a Mansão do Caminho cinco anos depois.

De acordo com a Mansão do Caminho, Divaldo fez mais de 20 mil conferências, em 2,5 mil cidades de 71 países. Publicou cerca de 260 obras, que venderam mais de 10 milhões de exemplares e foram traduzidas para 17 idiomas.

Considerado um dos maiores líderes espíritas do Brasil, Divaldo esteve dezenas de vezes em Catanduva e até apoiou projeto social mantido pelo empresário Roberto Cacciari, na região do Jardim Alpino. Eles eram amigos desde 1972, com grande proximidade.

“Ele foi sempre um grande incentivador das nossas obras aqui na cidade. Divaldo vem a Catanduva desde maio de 1954, praticamente todos os anos. É um benfeitor muito grande, porque atende 3.500 crianças em Salvador e adotou 700 crianças que eram órfãos, eram deixados na porta da instituição. É um grande médium, tem praticamente 300 livros psicografados, faz palestra em muitos países e foi um grande incentivador da nossa querida doutrina espírita, além de um grande trabalhador e um grande exemplo”, conta Cacciari.

A homenagem do empresário ao amigo está eternizada na Escola Espírita Divaldo Pereira Franco, que ganhou o nome dele. Sua última passagem pela cidade foi na celebração de 25 anos do Núcleo Educacional Espírita Joanna de Ângelis, hoje com 31 anos. “Toda a benfeitoria que nós fizéssemos dentro da nossa instituição, nós sempre convidávamos e ele vinha inaugurar.”

Cacciari ainda falou sobre a morte e o legado de Divaldo Franco. “Nós não consideramos como perda porque ele vai continuar nos assistindo do plano espiritual e nós vamos ser assistidos por ele na inspiração, na conduta, na dignidade e, principalmente, dentro dos preceitos que a doutrina espírita nos oferece. Então, sem dúvida, nós estamos entristecidos por um lado, mas perfeitamente sabedores da hierarquia que ele vai ter no plano espiritual.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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