É comemorado neste sábado, 8, o Dia Mundial de Cuidados Paliativos, como são chamados os oferecidos a pacientes com doenças graves que ameaçam a vida, causando sofrimento. Há muitas histórias, no entanto, com final feliz e que revelam o quanto a atuação dos profissionais de cuidados paliativos podem reverter um quadro grave.
No Austa Hospital, de Rio Preto, a equipe de cuidados paliativos relata, emocionada, a história de Jair Pazarini, de 73 anos, que, internado em estado muito grave na UTI, foi acolhido pela equipe e, após 10 dias de intenso trabalho de reabilitação, foi transferido para o quarto.
“É uma história de muita emoção, pois, após cinco meses de internação, conseguimos recuperar um paciente, ajudar a devolvê-lo à vida, a sua família e amigos, resultado de trabalho integrado envolvendo profissionais de várias áreas da saúde”, relata a clínica e cirurgiã oncológica Andréia Cristina de Paula, médica coordenadora da equipe interdisciplinar de Cuidados Paliativos.
A equipe existe desde 2017 e hoje reúne médica, enfermeiras, psicóloga, fonoaudióloga, fisioterapeuta, farmacêutica, nutrólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, dentista, assistentes social e espiritual. O acompanhamento e amparo ao paciente e à família ocorre não só no hospital, mas também após a alta, em casa, se necessário. “Jair foi acolhido por toda nossa equipe. Até hoje, cuidamos dele em casa, onde está muito bem”, conta.
Jair firmou laços fortes. Acompanhado da filha, Daniela, ele se reencontrou esta semana com a médica e a psicóloga Renata Alves. “Não tenho palavras para agradecer o carinho delas duas e toda equipe durante minha recuperação. Estou de volta à minha família e para fazer o que gosto, pescar, um bom churrasco e tocar pandeiro, acompanhado pelo bandolim de meu neto”, disse.
A atuação da equipe de cuidados paliativos do Austa Hospital é bastante ampla. As ações compreendem prevenção, identificação precoce, avaliação integral e controle de problemas físicos do paciente. Inclui também a dor e outros sintomas angustiantes, sofrimento psicológico, sofrimento espiritual e problemas sociais, envolvendo inclusive familiares e amigos.
“Nós oferecemos apoio para auxiliar os pacientes a viverem de forma mais plenamente possível até sua morte, ajudando-os, bem como suas famílias, a estabelecer os objetivos de seus tratamentos, através de uma comunicação facilitadora e eficaz”, explica Renata Alves. O apoio e o acolhimento da equipe do Austa Hospital ocorrem também no processo de luto.
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