"Devemos orientar quanto às escolhas", recomenda nutricionista sobre alimentação infantil
Bianca Stanquevis explica os principais fatores da obesidade infantil e frisa que influência dos pais pesa nos hábitos alimentares
Foto: ARQUIVO PESSOAL - Bianca Stanquevis alerta que as recomendações não possuem como foco uma dieta
Por Myllayne Lima | 07 de junho, 2022
 

A influência dos pais na formação de hábitos alimentares saudáveis é fundamental na vida dos filhos. Um prato colorido com ingredientes saudáveis, produtos integrais, ao invés de frituras ou bolachas recheadas, podem ser fortes aliados no combate à obesidade infantil.  

A nutricionista Bianca Stanquevis, explica os principais fatores da obesidade. “A obesidade infantil envolve uma série de fatores, como a genética, as preferências e aversões alimentares, ausência de atividade física, e fatores sociais. É um assunto que deve ser debatido entre os pais e profissionais de saúde para evitar agravos na saúde da criança e, que também podem influenciar na vida adulta.” 

Bianca fala sobre o papel do nutricionista no combate à obesidade e frisa que a alimentação saudável é iniciada durante o período gestacional. “O nutricionista deve incentivar uma alimentação saudável e com variedades desde a gestação pois, já temos pesquisas que apontam maior aceitação na introdução alimentar de crianças que conheceram frutas e legumes ainda durante a fase gestacional e de lactação. Além disso, sempre promover, em conjunto com os pais, hábitos de vida saudável e incentivo à esportes e atividade física.” 

A nutricionista destaca ainda que o profissional também deve recomendar alguns tipos de alimentos, que podem auxiliar a criança a vencer a obesidade.

“Na parte da alimentação infantil, instruir os pais e/ou responsáveis a oferecer alimentos ricos em fibras alimentares, como verduras, frutas, legumes, e grãos, caso seja baixo a aceitação, mudar a forma de preparo e de apresentação, para estimular que o consumo seja mais proveitoso. Também incentivar o consumo de proteínas, seja de origem animal (ovos, leite e derivados, e carnes) e/ou de origem vegetal (feijão, soja, ervilhas).” 

A especialista pontua ainda que é necessário cautela com alimentos industrializados. “É necessário evitar que as crianças comam alimentos industrializados, como biscoitos recheados, salgadinhos, bebidas lácteas com grande quantidade de açúcar, entre outros, evitando ainda ter em casa tais alimentos.” 

Bianca finaliza alertando que as recomendações não possuem como foco uma dieta. “Não podemos interferir na ingestão calórica de crianças pensando em perda de peso, uma vez que elas estão em fase de crescimento e a restrição pode afetar o seu desenvolvimento. Entretanto, devemos orientar quanto às escolhas alimentares, afim de que elas tenham autonomia para realizar uma alimentação mais saudável.” 

 

 

Autor

Myllayne Lima
Repórter de O Regional.

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