Na manhã de quinta-feira, dia 25, a escola municipal Prof. José D’ Oliveira Barreto recebeu denúncia de pais de alunos sobre um possível caso de pedofilia por parte de um professor da instituição de ensino. Ele dava aulas de oficinas para crianças do 2º ao 5º ano no local e foi suspenso de forma imediata e preventiva das atividades escolares assim que a acusação foi recebida. 

A secretária de Educação de Catanduva, Cláudia Cosmo, e a diretora da unidade afirmaram a O Regional que a escola nunca tinha recebido um relato do tipo de uma criança até então.  

Daniele Catelan, diretora da escola há quase quatro anos, foi quem recebeu a denúncia. “Recebemos uma denúncia por parte de dois pais de alunos, a princípio, pela manhã, e logo mais pais vieram à escola relatando acusações contra o professor sobre possível pedofilia. Quero deixar claro que até hoje em minha sala nunca nenhuma criança procurou direção ou coordenação para relatar nada. Então foi uma surpresa”, declarou. 

Ainda segundo Daniele, após ouvirem a todos e mediante aos fatos relatados, as providências foram tomadas. A Guarda Civil Municipal (GCM) e o Conselho Tutelar foram avisados. Ela informou, ainda, que a escola possui 16 câmeras nas chamadas áreas livres, que poderão ajudar na investigação. 

Houve movimentação por parte dos pais de alunos que foram até a escola. Eles relatam estarem preocupados e cobram que as devidas providências sejam tomadas. “Só esperamos que tudo seja resolvido e esclarecido”, manifestou uma das mães presentes, que preferiu não se identificar. 

BOLETIM  

Na Delegacia Seccional de Polícia de Catanduva, o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Cláudio Pereira, explicou como se deu o processo da denúncia. Segundo ele, a diretora da escola, logo após receber o relato dos pais, entrou em contato com a GCM, que encaminhou os responsáveis pela denúncia para a delegacia para serem ouvidos pela Polícia Civil, a fim de deixar o caso registrado. 

“Houve consenso na hora de trazer todos os pais para darem as versões dos filhos, tendo em vista que as crianças não podem ser ouvidas no plantão, pois há uma necessidade diferente para a escuta de uma criança. Vamos aguardar e fornecer tudo que a justiça precisar para que esse caso seja apurado e terminado o mais rápido possível”, diz Cláudio. 

Ainda conforme o comandante, no relato dos alunos, eles dizem que o professor abraçava as crianças e oferecia chocolate para elas. “Uma coisa que chamou muita atenção é que, ao relatarem esses acontecimentos, algumas crianças começaram até a chorar. É um caso de extrema gravidade que a gente não pode deixar de maneira nenhuma impune.”