O delegado João Lafayette Sanches Fernandes assumiu a Delegacia Seccional de Polícia de Catanduva este mês. Ele atuava no 1º Distrito Policial de Rio Preto. Delegado há 30 anos, trabalhou na Corregedoria da Polícia Civil, em São Paulo, até a transferência para Rio Preto.
Respondendo pela Delegacia Seccional de Catanduva desde 13 de agosto, ele concedeu entrevista exclusiva ao jornal O Regional, em que falou sobre o trabalho que pretende desenvolver no município e a responsabilidade de manter os baixos índices de criminalidade.
O Regional: Gostaria que o sr. falasse sobre sua trajetória dentro da Polícia Civil.
Dr. João Lafayette: Desde o dia 13 de agosto, para minha felicidade profissional, assumi a Delegacia Seccional de Catanduva, uma cidade muito pujante, uma cidade grande do nosso interior e, ainda mais, fora a cidade em si, nós temos nove outras cidades que compõem a delegacia seccional. Eu venho de São José do Rio Preto, fiz a minha carreira quase toda em Rio Preto, entrei para delegado de polícia em 1994, trabalhei em São Paulo na Corregedoria da Polícia Civil, depois vim para Rio Preto, onde passei por vários locais da polícia lá. E ultimamente eu era titular do 1º Distrito de São José do Rio Preto, um distrito que engloba a área central, a zona sul e parte da zona norte da cidade. E de lá fui convidado pelo diretor do departamento para assumir a Seccional de Catanduva.
O Regional: Já deu tempo de fazer um raio-x da Polícia Civil em Catanduva? Como o senhor vai conduzir?
Pelas informações iniciais que eu tive, já fizemos reuniões com os colegas delegados de polícia, a cidade de Catanduva estava muito bem conduzida pelo doutor [Luís Roberto] Ricci. E com a minha vinda estou tomando o conhecimento das coisas e o que nós pudermos ser útil e melhorar nós estamos aqui para isso. Estamos vendo as estatísticas e o que é necessário ser feito e nós vamos atacar essas áreas.
O Regional: Fala-se que estamos em uma área privilegiada com relação à segurança, de baixos índices criminais. O resultado do trabalho é positivo nesse sentido?
Acho que esses índices atuais de Catanduva só nos dão mais responsabilidade para mantê-los. Essa baixa criminalidade e os que já estiverem existindo nós damos uma atenção maior. Por exemplo, nós temos notado um aumento na criminalidade de crimes por meios eletrônicos, o chamado estelionato cibernético, então nós fizemos uma reunião nessa semana com policiais de São José do Rio Preto, onde nós alinhamos como é que vai ser nossa área de atuação nesses crimes específicos, sem deixar de lado o tráfico de substâncias entorpecentes e os outros crimes que ocorram aqui na nossa cidade.
O Regional: Esses crimes citados pelo senhor são os mais recorrentes?
O grande problema que nós temos hoje é o estelionato por meio eletrônico. Quase todo mundo vem sendo infortunado com um telefonema desse tipo, ou sempre tem algum parente, um familiar, um amigo que infelizmente tenha caído. Então cabe à Polícia Civil investigar, descobrir a autoria, materialidade, circunstâncias desse crime e chegar e buscar essas pessoas que estão aplicando esses golpes. A grande maioria das pessoas que cometem esses crimes não são de Catanduva, são de outras regiões do estado de São Paulo e até de outros estados.
O Regional: Essa questão de criminosos virem de outras localidades, existe algo em andamento com relação à ampliação das câmeras de vigilância do município?
Nós já tivemos reuniões com o Poder Judiciário, com o Poder Executivo e com o Poder Legislativo onde nós estamos trabalhando nessas situações. Já existem situações pontuais com relação a isso e a tendência do município é aumentar esse cinturão de vigilância eletrônica e, junto com a Polícia Militar, Poder Judiciário e Executivo, a Polícia Civil irá fazer parte dessa força-tarefa para dar mais segurança à nossa cidade e à nossa região.
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