A Defesa Civil do Estado de São Paulo alerta a população para a possibilidade de chuvas intensas em todo o território paulista até sábado, dia 23, com volumes expressivos principalmente na faixa leste do estado. Além de tempestades com raios e rajadas de vento, todo o litoral também deverá ficar sob risco de forte ressaca marítima até domingo, 24.
Segundo dados divulgados pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), há condições de chuvas de intensidade que variam de fortes e contínuas a moderadas, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento que podem chegar até 88 km/h em algumas regiões, além de ressaca marítima para toda a costa paulista, com ondas de até três metros.
A Defesa Civil do Estado participou nesta quinta-feira, 21, de reunião com o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para alinhar ações de proteção em São Paulo.
As Defesas Civis municipais e a população residente em áreas suscetíveis a inundações ou deslizamentos devem ter cuidados especiais. Com a previsão de grandes volumes de chuva, há possibilidade de deslizamentos, inundações, alagamentos, enxurradas e raios.
Nos municípios do Litoral Norte e Vale do Paraíba, os acumulados podem chegar a 250 mm. Para a Baixada Santista, as chuvas devem chegar a 180mm. Nas regiões da Serra da Mantiqueira, Grande São Paulo, Vale do Paraíba e Itapeva, o volume de chuva deve chegar a 80mm.
Nas demais regiões do interior paulista, as chuvas devem ocorrer em volume moderado. Nas regiões de Barretos, Franca, Ribeirão Preto, Araçatuba e São José do Rio Preto, a previsão é de 70mm. Já para as regiões de Bauru, Araraquara, Marília e Presidente Prudente, 60mm.
ATENÇÃO REDOBRADA
A população deve redobrar a atenção para evitar acidentes que podem ser fatais durante e após os temporais. Moradores de áreas de encosta precisam observar sinais de movimentação do solo, rachaduras nas paredes dos imóveis, portas e janelas emperradas, postes e árvores inclinados e água lamacenta escorrendo pelo morro. Diante de qualquer um destes sinais, o local deve ser abandonado imediatamente.
Durante as tempestades, é importante evitar áreas arborizadas devido ao risco de quedas de árvores e acidentes com raios. Também é preciso evitar tentativas de atravessar áreas alagadas ou com enxurradas. Uma lâmina de água com 15 cm de altura pode arrastar uma pessoa e, com 30 cm, levar um automóvel.
Caso um fio energizado caia sobre um veículo, os ocupantes devem permanecer dentro do automóvel e ligar para a emergência. Se o carro começar a pegar fogo, deve ser abandonado da forma correta: não toque nas partes metálicas e pise com os dois pés no chão. Depois, afaste-se por pelo menos 10 metros dando pulos, sempre pisando os dois pés no chão ao mesmo tempo.
GCM mantém mapeamento de áreas de risco
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Catanduva monitora em tempo real as informações da Defesa Civil e mantém monitoramento de áreas que têm risco de alagamento, conforme mapeamento. De acordo com o comandante Jeferson Rodrigues, a relação de locais está disponível inclusive nas viaturas e, diante de qualquer chuva mais intensa, todas as equipes ficam em alerta.
“Nós já estamos em alerta para todo em qualquer tipo de chuva que tenha, nós mapeamos esses locais de alagamento e, em caso de desastre, como foi em janeiro, em que teve aquele monte de queda de árvore, nós recebemos as solicitações e despachamos as ocorrências. O que nós podemos atender, atendemos e o que é dos Bombeiros, por exemplo, eles atendem”, detalha.
O comandante explica que tudo é documentado para que o município possa ter isso em mãos, caso tenha de fazer alguma intervenção em um local danificado pelas chuvas. Para quem tem o celular cadastrado na Defesa Civil, pelo número 40199, também são disparados alertas – tanto pela Defesa Civil de São Paulo, quanto pela Coordenadoria da Defesa Civil de Catanduva.
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