Defesa Civil aponta para risco de incêndio em todo o estado de SP
Mapa de Risco mostra regiões central e oeste com situação mais crítica; tecnologia utiliza modelos meteorológicos
Foto: Divulgação/Defesa Civil - Maior parte do estado está em alto nível de alerta
Por Da Reportagem Local | 19 de junho, 2024

O Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil estadual publicou o Mapa de Risco de Incêndio com a previsão riscos de incêndio em todo o estado nesta semana. A situação é mais crítica nas regiões central e oeste. A cor roxa indica o grau máximo de risco para estes locais.

O Mapa de Risco de Incêndio é uma das ferramentas tecnológicas que auxiliam a Defesa Civil no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período da estiagem.

O software funciona 24 horas por dia e é feito a partir de algoritmos que compilam dados sobre nível de chuva dos últimos dias, cobertura vegetal, umidade do ar e do solo, temperatura e velocidade do vento. Deste modo, ele disponibiliza modelos com previsão para os próximos cinco dias. A escala possui quatro níveis e vai do risco baixo (cor amarela) à emergência (cor roxa).

Diariamente, o CGE encaminha o Mapa de Risco de Incêndio para todas as Coordenadorias Municipais. Àquelas que estão inseridas em área com risco mais elevado recebem indicativo de alerta. A partir daí são adotadas medidas de prevenção como vistoria nas áreas mais suscetíveis às queimadas e intensificação das campanhas de conscientização junto à população.

A explicação para o risco elevado de incêndios florestais é a ausência de chuva e a baixa umidade relativa do ar em todo território paulista. O tempo seco e quente deve permanecer até pelo menos a próxima segunda-feira, dia 24, com ausência de chuva e baixa umidade relativa do ar.

“O estado de São Paulo possui um outono e inverno com climatologia de tempo mais seco, com tendência para que a Umidade Relativa do Ar diminua significativamente, atingindo níveis mais críticos diariamente, ou seja, valores abaixo dos 30% em praticamente todas as áreas monitoradas”, explica Willian Minhoto, meteorologista da Defesa Civil.

PREVENÇÃO A INCÊNDIO

De acordo com estudos promovidos pelo governo paulista, em 2023, mais de 90% dos 158 focos de incêndio em áreas protegidas tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas. A informação consta no Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.

Diante disso, medidas de prevenção devem ser adotados também pela população, como não colocar fogo em áreas de vegetação seca, não jogar bitucas de cigarro em beiras de rodovias, não limpar a área rural utilizando técnicas com fogo, não queimar lixo e não soltar balão.

Amplitude térmica maior requer cuidados com a saúde

Neste período também é comum uma amplitude térmica maior, em que a diferença entre as temperaturas máxima e mínima é grande. Isso exige maior atenção à saúde.

“É algo típico do período em que estamos passando, isso porque no decorrer do período noturno, por conta de uma menor nebulosidade, a atmosfera tende a se esfriar mais, deixando aquela sensação típica de frio, porém no decorrer do dia, com a presença do sol e da pouca nebulosidade, a temperatura tende a subir gradativamente, criando assim a sensação térmica de calor”, completa o meteorologista Willian Minhoto, Defesa Civil.

Os cuidados incluem hidratação constante, beber bastante água e se proteger do sol. A prática de atividade física ao ar livre deve ser evitada nos horários mais críticos do dia e é recomendado o uso de soro nos olhos e nariz.

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Da Reportagem Local
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