Defesa Civil alerta população para queda na umidade do ar
Não há previsão de precipitações para o período e a umidade tende a chegar aos 30% nas horas mais quentes do dia
Crédito: Saec Catanduva - Fuligem causada pelos incêndios em áreas de vegetação faz com que o consumo de água aumente
Por Da Reportagem Local | 20 de julho, 2023

A Defesa Civil de São Paulo voltou a alertar a população para a queda na umidade do ar, em especial no Noroeste Paulista, onde está Catanduva. Embora os níveis ainda não sejam considerados críticos, a falta de chuva significativa eleva o risco de incêndios. Não há previsão de precipitações para os próximos dias e a umidade do ar tende a chegar aos 30% nas horas mais quentes do dia.

No mesmo sentido, na tarde da última terça-feira, 18, a Defesa Civil de Catanduva emitiu comunicado via SMS sobre o clima propício para o fogo em terrenos.

Conforme levantamento do Corpo de Bombeiros, na região do 13º grupamento, localizado em Catanduva, foram atendidas até 5 de julho deste ano 1.052 ocorrências referentes a incêndios em vegetação natural, cultivada, terreno baldio e ponto de apoio. O mês com maior quantidade de ocorrências foi maio, com 435 registros. Já de janeiro a julho do ano passado, foram 2.848 ocorrências dessa natureza, com destaque para o mês de julho, com 1.168 chamados.

Para ajudar no combate, Catanduva compôs brigada de incêndio que tem como integrantes a Guarda Civil Municipal, a Defesa Civil, Patrulha Ambiental, Corpo de Bombeiros, Saec, Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura e usinas. O objetivo é atender as ocorrências com maior rapidez.

De acordo com o comandante da Guarda Civil e representante da Defesa Civil, Jeferson Rodrigues, na última semana, uma pessoa foi autuada no Sebastião Moraes por atear fogo em área verde.

“Recebemos a denúncia de que um rapaz passou próximo à área verde, ateou fogo e continuou a sua caminhada. Pela solicitação e o monitoramento de câmeras do bairro, nós conseguimos chegar ao autor, fazer a autuação e também registramos boletim de ocorrência na Polícia Civil de um incêndio criminoso, porque ele teve o dolo de atear o fogo e causar o incêndio”, relata.

O comandante da GCM pede que a população não coloque fogo em terrenos baldios ou vegetação, pois além de cometer crime contra o meio ambiente, a fumaça e a fuligem contribuem para a piora de doenças respiratórias. “A gente vem incessantemente apelando para a população que não coloque fogo, porque estamos em período de seca, já complicado, até na parte respiratória, os hospitais, os postos de saúde, com bastante atendimento, e isso só tende a piorar”, instrui o comandante.

Para esses crimes, a lei federal nº 9.605/1998 prevê prisão e multa. O código penal diz que causar incêndio expondo a perigo, a vida, a integridade física ou patrimônio de outras pessoas é crime, com pena de reclusão de três a seis anos e multa. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 153.

CONSUMO DE ÁGUA

A fuligem causada pelos incêndios em áreas de vegetação acarreta outro problema ao município, com impactos econômicos e ambientais: o aumento do consumo de água, uma vez que as pessoas precisam lavar com maior frequência os quintais e as garagens de suas casas.

A Superintendência de Água e Esgoto (Saec) orienta o uso de balde e vassoura, pois cada vez que a mangueira fica ligada por 15 minutos são desperdiçados 279 litros de água, o que significa que, se a calçada for lavada uma vez por semana, mais de 14 mil litros vão para o esgoto anualmente.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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