Defesa Agropecuária orienta criadores de aves e produtores avícolas
Órgão é responsável por Catanduva e mais 17 cidades; em caso de suspeita da doença, é indicado entrar em contato por telefone
Crédito: Arquivo/Agência Brasil - Apesar da detecção dos casos em aves silvestres, o Brasil pode continuar a produzir e exportar
Por Da Reportagem Local | 28 de maio, 2023

O Ministério da Agricultura publicou, na última semana, em edição extra do Diário Oficial da União, a portaria nº 587, que confirma declaração de estado de emergência zoosanitária em todo o território nacional por 180 dias, em função da detecção da infecção pelo vírus da Influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade em aves silvestres no Brasil.

A portaria também prorroga por tempo indeterminado a vigência da portaria nº 572, de 29 de março de 2023, que estabelece medidas preventivas contra o ingresso e a disseminação da Influenza aviária. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nota na qual afirma que a medida adotada pelo Ministério da Agricultura já era prevista e discutida com o setor produtivo.

Para a associação, o único propósito da portaria é a desburocratização de processos para ganhar maior agilidade nas ações de monitoramento e eventuais necessidades de ações de mitigação. Na prática, isso significa que esse estado é declarado sempre que há um risco de uma doença, oriunda de um animal, propagar-se rapidamente. Ou seja, é uma forma de o governo se antecipar ao surto.

Emergência zoosanitária, como o próprio nome sugere, é um estado de alerta relacionado à contaminação entre os animais. Ainda não é um alerta relacionado à saúde humana, embora as ações de prevenção sejam importantes, pois os humanos podem, sim, contrair a doença.

A maior preocupação é evitar que a gripe aviária chegue às granjas e criação de aves para alimentação própria. Isso porque a gripe aviária se espalha rapidamente entre os animais. Caso ela se dissemine, os animais deverão ser sacrificados, o que diminuiria a oferta de carne de frango e ovos.

Até agora, oito casos foram confirmados em aves no brasil, sendo 7 no Espírito Santo e um no Rio de Janeiro. A detecção, porém, não altera o status brasileiro de livre da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal. Dessa forma, o país continua a produzir e exportar como faz até agora.

NA REGIÃO

De acordo com a médica veterinária Mayara Luz, do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Catanduva, a doença é altamente contagiosa entre as aves. “É uma doença viral altamente contagiosa para as aves, que tem um ciclo em que é transmitida por aves migratórias. Ou seja, essas aves que foram infectadas no Brasil e que, posteriormente, vieram a óbito, vieram migrando ou são aves que tiveram contato com outras aves migratórias, inclusive três dessas aves morreram dentro do instituto de pesquisa, que é um instituto de reabilitação para aves no Espírito Santo”, ressalta.

Segundo Mayara, o estado de São Paulo possui o Programa Estadual de Sanidade Avícola, cujos profissionais são capacitados para agir diretamente no problema e com rapidez. Em Catanduva, o Escritório da Defesa Agropecuária (EDA) fica na rua Tanabi, nº 98. O telefone é (17) 3522-1996. “Nós atendemos a 17 cidades na região, então, caso haja alguma suspeita, a gente pede para que a pessoa não mexa na ave, seja ela viva ou morta, e nos comunique para que a gente possa tomar as providências coletar material e encaminhá-lo, caso seja necessário”, orienta.

Já os criadores de aves e produtores avícolas devem, segundo a veterinária, evitar que os visitantes manuseiem as aves e procurar sempre mantê-las em locais protegidos, principalmente do contato com aves silvestres. Outra instrução é sempre lavar muito bem as mãos com água e sabão antes e depois de manusear as aves e higienizar as instalações e equipamentos das aves.

HUMANOS

As confirmações de gripe aviária entre aves silvestres acenderam um sinal de alerta entre produtores industriais do país. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, os casos em humanos são raros, cerca de 800 ao longo de toda a história, sendo a maioria na Ásia, onde os produtores comumente criam as aves dentro de casa.

Ele explica que a infecção em humanos exige o contato direto com secreções da ave doente, que são expelidas pelos olhos, boca, urina ou fezes. Por isso, em caso suspeito, não se deve tocar na ave e é preciso entrar em contato com o EDA para que as providências sejam tomadas.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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