Defesa Agropecuária localiza abrigo de morcegos hematófagos na região
Equipes estiveram em Irapuã e Sales devido ao aumento dos casos de raiva em rebanhos de bovinos e equinos
Fotos: Divulgação - Equipes percorreram a região a fim de localizar e cadastrar abrigos de morcegos
Por Da Reportagem Local | 19 de junho, 2024

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo divulgou balanço das ações de controle de morcegos hematófagos, realizadas na semana passada. Entre os dias 10 e 14 de junho, equipes estiveram na região de Catanduva para auxiliar na captura e controle da espécie.

A operação foi desencadeada devido à presença de morcegos hematófagos que têm atacado os rebanhos e transmitido a raiva. O foco, segundo a médica veterinária Mayara Luzzi, da Defesa Agropecuária de Catanduva, foram as cidades de Irapuã e Sales, onde há casos de raiva confirmados em equinos e bovinos, e também em Novo Horizonte, onde já existem abrigos de morcegos hematófagos cadastrados.

“Foi feita fiscalização nas cidades de Irapuã e Sales, onde foi possível encontrar um abrigo de morcegos hematófagos que ainda não estava cadastrado. Era um abrigo maternidade e é provável que os casos de raiva tenham surgido dos morcegos desta colônia, porque as distâncias geográficas de onde tivemos os casos em herbívoros são compatíveis com a localização desse abrigo”, explica.

Além disso, depois de reportagem sobre o tema divulgada no V1 Notícias, na Vox FM, munícipes da região do bairro Santa Paula, em Catanduva, denunciaram a existência de abrigo de morcegos em um viaduto na rodovia Washington Luís, na saída para São José do Rio Preto.

“Uma equipe esteve no local e verificou que os morcegos que estão lá não são morcegos hematófagos, são morcegos insetívoros e frugívoros, ou seja, que se alimentam de insetos e também os que se alimentam de sementes, de frutas e até mesmo das flores das árvores. E estes morcegos são muito importantes para o meio ambiente e para a manutenção do ecossistema num geral”.

Se um morador encontrar um morcego caído em seu quintal ou na frente de sua casa, ele deve acionar a Unidade de Vigilância em Zoonoses para que os profissionais façam a captura. “É importante a população saber que casos suspeitos de mordedura ou de raiva em animais herbívoros devem ser comunicados para a Defesa Agropecuária”, alerta.

A raiva é uma doença que não tem cura e afeta todos os mamíferos, incluindo os morcegos, os herbívoros e até os humanos. “Esses casos precisam ser notificados, para que a gente possa realizar o controle dos focos para impedir que a doença se espalhe.”

O produtor rural que está em uma região endêmica de raiva e com registros de mordedura de morcego deve fazer a vacinação do seu rebanho com a vacina da raiva. A Defesa Agropecuária atende 18 municípios e está localizada na rua Tanabi, 96, na Vila Guzzo. O telefone para informações, dúvidas e denúncias é 17 3522-1996.

NÚMEROS PREOCUPAM

Na região de Catanduva, de acordo com a Defesa Agropecuária, foram registrados mais de 15 casos recentes de raiva entre bovinos e equinos – para esses animais, a doença não tem cura. Os municípios com mais registros são Novo Horizonte, Sales, Irapuã, Urupês e Marapoama.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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