O pagamento do 13º salário deve injetar mais de R$ 200 bilhões na economia brasileira, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na opinião do coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed El Khatib, o dinheiro extra é uma excelente alternativa para completar ou começar a formar uma reserva financeira.
Para o especialista, todo dinheiro extra que entra no orçamento é uma ótima oportunidade para começar a poupar e investir. Lembrando sempre que não existe um investimento perfeito, existe o que funciona para cada pessoa.
“Não é preciso guardar todo o dinheiro. Eu sugiro um meio termo. Defina um percentual daquele dinheiro que vai para reserva de emergência e o outro percentual que vai para o seu consumo. A reserva financeira é o dinheiro guardado para momentos de necessidades e imprevistos. Para quem não tem dívidas, essa seria a primeira dica de como usar bem o 13º salário”, diz.
Outra opção é começar uma previdência ou, para quem já tem uma, fazer um aporte maior agora; ou ainda comprar títulos públicos indexados ao IPCA. Esses títulos estão com uma remuneração bem interessante no momento. E claro, a depender do seu sonho, outros investimentos possíveis.
QUEM TEM DÍVIDAS
Nesses casos, o 13º salário pode ajudar a frear uma espiral negativa nas suas finanças, quando aquela bola de neve de juros sobre juros parece incontrolável. Se você tem dívidas com juros altos, como o cheque especial, faturas atrasadas do cartão de crédito ou outros empréstimos de curto prazo, a melhor opção é quitá-las, priorizando as em atraso e com juros maiores.
“Pode não ser o destino dos sonhos para esse dinheiro, mas é o mais indicado para quem está preocupado com o bem-estar financeiro. É uma decisão lógica: de que adianta pensar em investir para o futuro, projetando ganhos audaciosos de 10% ao ano acima da inflação, por exemplo, se você está usando dinheiro do cheque especial, cujos juros superam a casa dos 100% anuais?”.
Autor