O presidente da Câmara de Catanduva, Marcos Crippa (PL), cumpriu promessa feita em seu discurso de posse, em 1º de janeiro, e recolocou no ar o Portal de Transparência do Legislativo. A página ficou desativada nos últimos dois anos, durante a presidência de Marquinhos Ferreira (PT), apesar de ação civil movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP).
De acordo com Crippa, para restabelecer a página, foi utilizada ferramenta disponibilizada de forma gratuita pelo Senado Federal - o chamado Interlegis - Sistema de Apoio ao Processo Legislativo - SAPL, que garante suporte às Casas Legislativas nas atividades relacionadas ao processo legislativo em geral. É a mesma plataforma que a Câmara utilizava anteriormente.
Na última legislatura, entretanto, a Câmara desfez a parceria e contratou uma empresa de São Paulo por cerca de R$ 2,5 milhões ou R$ 204 mil mensais para elaboração do novo sistema de transparência, que nunca entrou no ar. A última parcela do contrato, de dezembro de 2024, não chegou a ser paga.
Ao discursar no Teatro Municipal, logo depois de ter sido eleito presidente da Câmara, Crippa ressaltou que todos os atos de sua gestão estarão no Portal da Transparência. “Cada centavo de vocês, recebido através dos impostos, estará exposto. Tudo que entrar e tudo que sair da Câmara de Catanduva estará no Portal da Transparência, isso eu garanto”, disse, na ocasião.
“Tudo está sendo colocado no ar, todas as informações, dados, valores, da forma como prometi. Vamos lançar até notas fiscais individuais em casos de viagens”, detalhou.
Agora, quem acessa o site da Câmara (www.catanduva.sp.leg.br) vê em destaque o link para o Portal da Transparência no lado direito da tela. A página permite acesso a dados sobre licitações e contratos, gestão de pessoas, parlamentares e gabinetes e a uma plataforma completa com todo o detalhamento – receitas, despesas, pessoal, transferências, entre outros.
RELEMBRE
Desde que assumiu a presidência da Câmara de Catanduva, o vereador Marcos Crippa tem tomado medidas para reorganizar a casa e reduzir as contas. Logo nos primeiros dias do ano ele rompeu mais de R$ 2 milhões em contratos e exonerou 21 pessoas em cargos comissionados.
A reestruturação vem sendo acompanhada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, que instaurou inquérito para apurar suposto desvio de R$ 15 milhões dos cofres da Câmara que teria ocorrido nos últimos dois anos. A denúncia foi feita pelo prefeito Padre Osvaldo (PL).
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