
Familiares de pacientes internados nos hospitais da Fundação Padre Albino precisam ficar atentos com a ação de golpistas. Recentemente, a instituição divulgou alerta de que não são feitas solicitações de pagamento por telefone. Ou seja, se alguém entrar em contato pedindo depósitos ou transferências para procedimentos hospitalares, não faça qualquer pagamento.
O jornalista Marcelo Ribeiro, que está com sua mãe internada na UTI do Hospital Padre Albino, recebeu não apenas uma – mas duas ligações de golpistas pedindo dinheiro para o tratamento de sua mãe, no período de duas semanas.
No primeiro caso, a ligação foi no meio da tarde, pouco depois de ele ter passado pelo hospital. Do outro lado da linha um homem se identificou como doutor Marcelo e passou o nome da paciente e do próprio jornalista, e na sequência solicitou R$ 2 mil para pagar por determinado medicamento. Um detalhe: o contato telefônico trazia o DDD 17.
“Ele afirmou que precisava de um antibiótico, que tinham descoberto uma bactéria que possivelmente estava causando uma ineficácia dos medicamentos que estavam sendo aplicados na UTI”, conta Marcelo, que percebeu o sotaque carioca do indivíduo que se dizia médico.
Com dúvidas sobre a veracidade do pedido, ele então sugeriu que voltaria ao hospital para pagar pelo valor em dinheiro. “Aí o cara falou é que era urgente, que o hospital não tinha o antibiótico, mas que ele pediria para entregar ainda hoje e que a bactéria seria exterminada”.
Marcelo criticou o golpista e desligou, mas poucos dias depois seu telefone tocou novamente. Era sábado e o contato no celular exibiu a foto de um médico com jaleco com o nome Antônio. “Ele disse que precisava urgentemente de um exame que não tinha no Padre Albino Saúde. E que pra fazer esse tal exame iria no laboratório perto. Sugeri, de novo, que iria até o local.”
Nesse caso, o jornalista realmente retornou ao hospital e conversou com os colaboradores, que reconheceram que as tentativas de golpe têm se repetido. “Compartilho esse relato para alertar a todos que não caiam nos golpes, não paguem qualquer dinheiro”, orienta, mas confidencia: “Pra quem está com um parente internado e recebe um telefonema desses, já assusta.”
Autor
