Uma criança de 7 anos foi atingida no pescoço por uma linha de pipa no domingo, 9. James estava com familiares andando de carrinho de rolimã no Nova Catanduva 2 quando o fato aconteceu. A tia do menino, Natália Perpétua Frutuoso, conta que eles têm o costume de andar com o veículo aos domingos e escolheram o local por conta de uma grande descida, próxima ao parquinho do bairro, onde há também um local aberto, um “pasto”, onde geralmente as pessoas soltam pipa.
Eles estavam com duas motos, uma conduzida pelo genro de Natália e outra por ela, além do carrinho, onde estava seu marido junto com James.
“Quando estávamos indo, tinha um monte de gente com linha e soltando pipa, mas eles estavam todos na rua, na calçada do povo ao invés de estar nesse pasto. Quando fomos nos aproximando, o namorado da minha filha já parou a moto e pegou uma linha que já estava indo no pescoço dele. Ele segurou a linha com a mão, só que atrás estava meu esposo com o meu sobrinho no carrinho de rolimã. Meu esposo parou também e meu sobrinho começou a gritar ‘meu pescoço, meu pescoço!’ Na hora que o meu esposo desceu e olhou, percebeu que tinha cortado o pescoço do meu sobrinho”, descreve Natalia.
Logo em seguida, o menino foi levado ao hospital onde, segundo Natalia, o cirurgião chamado para avaliar o caso afirmou que por pouco a linha não atingiu a traqueia e a veia de James. “Fez um risco perto da veia, bem na frente, onde cortou”, diz.
Natalia relata que na hora do ocorrido não conseguiu encontrar os responsáveis, por haver muitas pessoas no local. Em seguida, diz ter ligado para a Polícia Militar. “A Polícia diz que foi lá, mas quando chegou e já não tinha mais ninguém”, conta. Ela ainda destaca que, por estar lotado, o local era um risco para todos.
“A diversão de muitos que estavam ali poderia ter acabado com a vida de uma criança e também da sua família. Confesso que nesta noite nem dormimos, pois ainda estamos com aquela cena nas nossas mentes. Só temos que agradecer a Deus por não permitir que o pior acontecesse”, completa.
GCM ALERTA
O comandante da Guarda Civil Municipal (GCM) de Catanduva, Jeferson Rodrigues, afirma que o patrulhamento tem se intensificado, principalmente no período de férias escolares. Sabemos que aumenta o número de pessoas soltando pipa, principalmente com o uso de cerol ou até mesmo linha chilena”, cita o comandante, que ainda afirma ser proibido também o uso de qualquer condutor elétrico tanto na linha quanto na rabiola, ao se fazer a soltura das pipas.
Ele faz um apelo à população para que solicitem e passem para a GCM os endereços onde há crianças, adolescentes e adultos soltando pipas para que a equipe consiga coibir o uso indevido. “É para que as crianças consigam fazer uso sadio da pipa, que não é proibido, mas sim o uso de cerol”, pontua. O número para denúncias é o 153, onde pode ser solicitada a viatura no local.
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