Corretor orienta como usar o seguro veicular da melhor forma
Talles Stefano Guimaraes ainda explica se a prática de colocar o veículo no nome da mulher, devido o valor mais barato, é legal
Crédito: Divulgação - Um dos motivos da alta de preços das seguradoras é que a tabela Fipe aumentou após a pandemia
Por Da Reportagem Local | 02 de junho, 2023

Ter um carro está na lista dos bens materiais mais desejados por muitos brasileiros, mas realizar este sonho pode custar caro devido a fatores como financiamento, combustível, seguro, manutenção e impostos. Uma das maneiras mais pesquisadas para tentar economizar no seguro veicular, por exemplo, é colocar o veículo no nome da esposa, visto que para mulheres a proteção veicular é 40% mais barata do que para homens. Porém, muitos têm dúvidas se essa prática é, de fato, legal.

Segundo as informações coletadas, é permitido colocar o seguro no nome da esposa se o carro for da família, ou seja, se o carro for conduzido também pela esposa. De acordo com o corretor de seguros, Talles Stefano Guimaraes, na hora de um eventual acidente é preciso ter um elo entre o dono do veículo e a pessoa que consta na apólice de seguros.

“Se o veículo já está no nome do marido e quem usa o carro para trabalho e quem sempre dirige é o marido, porque colocar nome da mulher? Colocar o seguro no nome da mulher está tudo bem, porém na hora de um eventual sinistro é preciso fazer o elo da utilização daquela pessoa que está no veículo contratado. Se os dois forem casados, moram juntos na mesma residência e têm mais ou menos a mesma idade, não tem problema. Na legislação pontua que, na dúvida do condutor, seja colocado mais novo, mas se ambos forem acima de 25 anos, não tem problema, pode ser colocado tanto no nome do marido quanto no da esposa”, afirma o corretor.

Um dos motivos de as mulheres pagarem menos seria a cautela ao dirigir. De acordo com um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre junho de 2021 e junho de 2022 foram registradas 183 mais colisões envolvendo motoristas homens em comparação às mulheres. Porém o valor do seguro ainda leva em consideração fatores como a cidade de circulação, modelo do veículo, idade do condutor, cobertura contratada, entre outros. Segundo Talles, o seguro de um veículo é personalizado.

“O seguro é considerado uma análise de crédito, então ele é composto de alguns itens, como o tipo do veículo, a cobertura contratada, que você pode variar de um cliente para outro, o CEP da localização do veículo com o veículo pernoite, que ele circula. Por exemplo, em Catanduva é uma tarifa, em Goiânia outra, no Rio de Janeiro é outra, que é o índice de sinistralidade daquela região na seguradora, e o score do CPF do segurado ou condutor principal. É isso que precifica o seguro, por esse motivo que dá alteração de um para o outro. Tem que fazer o seguro de acordo com o perfil, porque às vezes você economiza no custo e você perde no benefício”, diz Talles.

Ele ainda conta que vê muitas situações em que a pessoa coloca uma cobertura baixa e quando o cliente, para economizar na compra do seguro cerca de R$ 50 ou R$ 100 no ano, chega a perder cerca de 50 a 60% do poder de cobertura. “Logo, o cliente que não contratou a cobertura é obrigado a pagar de forma particular, então às vezes não é viável. O ideal é você fazer um estudo conforme o seu perfil. O seguro é personificado, ele é montado de acordo com o seu perfil”, instrui o especialista.

Além disso, as seguradoras se baseiam na tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que expressa os preços médios de veículos no mercado nacional para definir os valores da indenização integral por perda ou roubo de veículos. E um dos motivos da alta de preços das seguradoras é que a FIPE aumentou muito após a pandemia.

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Redação de O Regional

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