Beneficiários do programa Bolsa Trabalho, do Governo do Estado, estão reclamando da ausência de bolsistas do Programa Emergencial de Desemprego (PED), mantido pela Prefeitura de Catanduva. Segundo relatos colhidos pelo Jornal O Regional, as pessoas contratadas pela iniciativa estadual estão sendo deslocadas de bairros para suprir a demanda.
“A gente sai do nosso bairro para fazer serviço do povo do PED que ganha R$ 1.212 e uma cesta, enquanto nós ganhamos R$ 540. Estamos trabalhando igual camêlos, pois mandam todo dia um pão seco para gente sem nenhuma manteiga no meio. Hoje, nem chá levaram, sendo que os homens lá do Meio Ambiente tomam café, pão com manteiga e chá”, critica uma trabalhadora.
A reportagem também teve acesso a mensagens encaminhadas por elas ao Alcides da Pastoral, um dos diretores da Secretaria de Meio Ambiente, com reclamações sobre o café da manhã com pão e água. “A gente sempre trabalhou certinho. Se você ver o tanto que nós trabalhamos. Se fosse pra fazer o dia inteiro, eu não aguentava.”, confidenciou, ao jornal, outra beneficiária.
A Prefeitura de Catanduva foi questionada pelo Jornal O Regional sobre o andamento do PED, que dispõe de 300 vagas, e a denúncia de não renovação de contratos, que estaria sobrecarregando as pessoas atendidas pela Bolsa Trabalho. Não houve resposta até o fechamento desta edição.
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