Consumidores notam aumento no preço do ovo de galinha no supermercado
Preço de venda no atacado da caixa com 30 unidades de ovos brancos subiu 28,6% desde o ano passado; especialistas dizem ser reflexo da economia
Crédito: Divulgação - Brasil teve produção de 52 bilhões de ovos no ano passado, queda de 5,9% em comparação com 2021
Por Da Reportagem Local | 29 de junho, 2023

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,04% em junho, 0,47 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,51%), segundo o IBGE. Esse dado reflete a prévia da inflação para este mês. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de junho. O grupo habitação registrou a maior variação e o maior impacto no índice do mês.

Os três grupos que registraram queda foram transportes, alimentação e bebidas e artigos de residência. Demais grupos ficaram entre 0,04% da educação e 0,79% do vestuário. O grupo alimentação e bebidas registrou deflação no mês de junho, após alta de 0,94% no mês. A alimentação dentro de casa caiu de 1,02% em maio para 0,81% em junho, influenciada pelas quedas do óleo de soja, das frutas, do leite longa vida e das carnes.

No lado das altas, os destaques foram para o ovo de galinha e o pão francês. O ovo de galinha foi o grande aliado dos consumidores quando o preço da carne disparava nos supermercados. Porém nos últimos meses o produto encareceu, surpreendendo principalmente as donas de casa. Uma rápida pesquisa nos supermercados de Catanduva mostra que, em média, o catanduvense desembolsa quase R$ 1 por ovo. Uma bandeja com uma dúzia de ovos custa R$ 11,99. Já se a opção é por uma bandeja maior, com 20 unidades, a mesma sai por R$ 20,99.

Entre fevereiro de 2022 e fevereiro deste ano, o preço de venda no atacado da caixa com 30 unidades de ovos brancos subiu 28,6% e a caixa com 30 unidades de ovos vermelhos ficou 26,9% mais cara. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) mais de 70% do custo de produção dos ovos é composto pelo milho e o farelo de soja, utilizados para alimentar as galinhas.

A escalada de mais de 100% no preço de ambas as commodities, ainda com reflexos da pandemia e da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, tem prejudicado a expansão do número de galinhas. O país teve uma produção de 52 bilhões de ovos no ano passado, queda de 5,9% em comparação com 54,9 bilhões produzidos em 2021, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A faxineira Silvana Aparecida Spinelli Perossi sentiu o aumento em seu cotidiano. Além do ovo, ela conta que o tomate e o alface também estão mais caros. “O ovo teve um aumento absurdo. Legumes, frutas e verduras, nessa época do ano, também deu para sentir bastante aumento, como tomate e alface”, relata.

Ela confidencia que já deixou de comprar produtos devido ao preço ou optou por fazer substituições. A saída é pesquisar antes de comprar. “Se você procurar oferta, como eu, acho leite e até carne em oferta. Agora, se você for procurar tudo em um mercado só, você não vai encontrar essa queda, porque muitos lugares não tem”, diz a faxineira.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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