O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) deu início à campanha “Sinal Vermelho” de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher. A ação visa ajudar as mulheres que sofrem abusos dentro de casa com ações de conscientização e apoio às vítimas.
O Conseg é um grupo de cidadãos que se reúne para discutir, analisar, planejar e acompanhar a resolução de questões de segurança locais. Criado com base em Decreto Estadual e devidamente regulamentado, tem como atividades principais o desenvolvimento de campanhas educativas, o fortalecimento das relações entre lideranças e a prevenção primária em segurança pública.
A campanha “Sinal Vermelho” surgiu após identificarem, com apoio da Polícia Militar, que uma das principais razões dos chamados de ajuda se dá por conta de violência doméstica contra as mulheres.
Diante desse cenário, o Conseg decidiu lançar campanha de conscientização e apoio às vítimas desse tipo de violência. A iniciativa visa não apenas sensibilizar a comunidade, mas também alertar as autoridades locais sobre a urgência de priorizar medidas e políticas públicas voltadas para atender à demanda.
Atualmente, as atividades se concentram na divulgação da campanha com o apoio do setor privado, no monitoramento dos índices de ocorrências em parceria com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, na formação de grupos de trabalho e no apoio a projetos dedicados ao empoderamento das mulheres, como é o caso do “Mulheres Mil”, liderado pelo Instituto Federal de Catanduva.
“Lamentavelmente, os casos de feminicídio e violência doméstica contra mulheres são destaque em todo o país e ocupam as manchetes diariamente. No entanto, embora esse cenário muitas vezes pareça distante de nossa comunidade, não está. Os índices em nosso município são alarmantes e é crucial divulgar medidas para enfrentar a violência doméstica e familiar contra as mulheres, a fim de que haja apoio de toda a comunidade local”, diz Ricardo Lucas, membro do Conseg.
DENÚNCIAS
O Conseg ressalta na campanha que a violência contra a mulher pode se dar de várias formas: física, quando inclui qualquer tipo de agressão, como chutes, socos e empurrões; sexual, estupro e o parceiro se negar a usar preservativo; moral, com condutas que se caracterizam como calúnia, injúria ou difamação; patrimonial, que é o ato de reter ou destruir bens da mulher, como impedir de trabalhar ou controlar o dinheiro; e psicológica, quando causa danos emocionais e reduz a autoestima da mulher com xingamentos e ameaças.
Nestes casos, a denúncia pode ser feita de forma sigilosa pela Central de Atendimento à Mulher, pelo número 180 ou para a Polícia Militar, no 190, Guarda Civil Municipal, no 153, ou Polícia Civil, no 197.
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