Comércio catanduvense: dos desafios enfrentados às expectativas para o futuro
Comemorado no dia 16 de julho, o Dia do Comerciante homenageia uma das atividades mais importantes da economia
Foto: ARQUIVO PESSOAL - Gustavo em seu estabelecimento, a Casa da Mama Pastéis e Massas
Por Stella Vicente | 16 de julho, 2022

É comemorado hoje, dia 16 de julho, o Dia do Comerciante. A data foi instituída pela lei nº 2.048 de 1953 por ser o aniversário de José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairú. Ele é tido como o patrono do comércio, por conta de suas diversas contribuições para a “abertura dos portos às nações amigas”, feita por Dom João VI.  

Dessa forma, o Dia do Comerciante busca homenagear uma das atividades mais importantes da economia: o comércio. O Visconde de Cairú via o comércio entre países como símbolo de desenvolvimento e como sendo uma atividade “civilizatória”, responsável por promover o entendimento entre povos de lugares diferentes e uma troca de conhecimentos entre culturas distintas.  

O fato histórico repercute até os dias atuais, uma vez que até mesmo o comércio interno propicia uma integração entre várias regiões do país, assim como de diversas cidades. Logo, o comércio é uma forma de expansão e progresso, beneficiando a população que  deseja ou precisa dos serviços oferecidos.  

Além disso, o setor comercial cumpre um papel importante na sociedade: o de fornecer empregos para trabalhadores. Nos últimos anos, o mercado brasileiro apresentou uma grande expansão, incorporando mais de 40 milhões de consumidores, segundo a Associação Comercial de São Paulo. Coube ao comércio, e aos comerciantes, responderem a essa demanda abrindo novas lojas, franquias e, até mesmo, investindo no comércio eletrônico.  

Com as restrições consequentes da pandemia da Covid-19, como o lockdown, as dificuldades aumentaram para os comerciantes. A classe trabalhadora e empreendedora precisou de muita resiliência para superar e se reinventar durante esse período. 

Hoje, graças às vacinas, a situação está mais controlada e a vida parece estar voltando ao normal. Aos poucos, os comerciantes vão se reerguendo e tendo a esperança de que o futuro do setor seja promissor. 

De acordo com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) teve elevação em junho, pelo terceiro mês consecutivo. A alta foi de 2,1% e o indicador, realizado mediante entrevistas com 541 empresas na capital paulista, atingiu 120 pontos. Em comparação a junho do ano passado, a alta é de 32,4%. 

COMÉRCIO CATANDUVENSE 

Em Catanduva, segundo a Junta Comercial do Estado de São Paulo - Jucesp, somente em 2022 foram abertos 1.374 novos negócios na cidade, enquanto apenas 477 deram baixa em seus CNPJs. Este cenário mostra que, apesar de toda a insegurança causada durante o período da pandemia, o comércio ainda é uma ótima alternativa para a classe trabalhadora. 

A onda de otimismo é observada nos próprios estabelecimentos. Proprietário da Casa da Mama Pastéis e Massas, Gustavo Pena tem boas expectativas para o setor comercial de Catanduva. “Creio que teremos um segundo semestre muito positivo em relação às vendas. O mês de julho já está bem melhor que os anteriores e o mercado está bem aquecido, então eu acredito que daqui para o final do ano só tem a melhorar”, relata o comerciante. 

Ele ainda conta que durante a pandemia, quando, principalmente, o setor de eventos e alimentação fora de casa sofreram bastante, ele e sua equipe tiveram que tentar novas alternativas para driblar as dificuldades que surgiram. 

“Sempre procuramos ter um pensamento proativo, focando sempre nas soluções para conseguir passar da melhor maneira possível por esse período. Criamos estratégias para vender por delivery, para melhorar esse tipo de venda e também o atendimento”, relembra Gustavo, que também faz parte da Associação Alimentação Forte, em que vários comerciantes do segmento se uniram a fim de melhorar o funcionamento de suas empresas. 

Hoje, o atendimento da Casa da Mama está praticamente normalizado, o que se aplica à maioria das empresas locais. Lojas do setor de vestuário também sofreram com a paralisação das atividades. Na Loja Kawaii, a alternativa foi atender de forma virtual. “A loja se adaptou bem, os clientes foram muito fiéis. Já fazíamos atendimento online, mas focamos ainda mais para não deixarmos as clientes de lado”,explica Melina Silvestre, vendedora da Kawaii.  

Foto: DIVULGAÇÃO - Loja Kawaii continua com o atendimento on-line e presencial

Com a volta das atividades presenciais, o movimento do setor de vestuário aumentou. Solange Vicente Ferreira dos Santos é proprietária e gestora da Casa Fátima, loja tradicional de Catanduva. Depois de se reinventarem durante o período pandêmico, onde mostravam mercadorias através de lives nas redes sociais para, em seguida, levar os produtos na casa dos clientes interessados, a proprietária relata que estão voltando aos poucos.  

“Muitos continuam a comprar como na pandemia: não saem, querem ver na sua casa e compram por lá mesmo. Mas as reuniões e os compromissos que estavam parados estão voltando, então [essas pessoas] estão vindo novamente para a loja, precisando de roupas para estes compromissos. Estamos com expectativas muito boas para estes novos tempos”, projeta Solange. 

Foto: ARQUIVO PESSOAL - A proprietária da Casa Fátima, Solange, com seus filhos que também trabalham na loja

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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