Com alta de casos de Covid-19, venda de máscaras de proteção tem crescimento
Mislaine Freitas, proprietária de um ateliê, conta que apesar da desobrigação do item há meses, sempre houve procura pelo produto
Foto: ARQUIVO PESSOAL - Mislaine Freitas perdeu a mãe, parceira no ramo, para a Covid-19, mas decidiu prosseguir o trabalho de confecção
Por Myllayne Lima | 18 de junho, 2022
 

O registro crescente de casos de Covid-19 atrelado ao decreto municipal recomendando o uso de máscara de proteção em ambientes públicos, principalmente, em locais fechados, fez com que a demanda pelo produto aumentasse.  

Mislaine Freitas possui um ateliê de costura e confecciona máscaras de proteção. Ela conta que, apesar da desobrigação do item há meses, sempre houve procura pelo produto. “Mesmo quando não havia obrigação do uso de máscara, continuei usando e vendendo também, poucas clientes procuravam, mas as vendas continuaram. Agora os pedidos estão voltando.” 

A costureira compartilha como surgiu a ideia de produzir máscaras. “Quando começou a pandemia em 2020, eu e minha mãe, Marlene Franco Xavier, vimos uma reportagem na televisão sobre máscaras de tecido. No dia seguinte, uma amiga da minha mãe perguntou se ela poderia fazer máscaras sob encomenda, minha mãe aceitou e começou a confeccionar as máscaras. No início, foi a minha mãe e filha que trabalhavam juntas, tiveram uma demanda muito grande. Naquela época eu estava trabalhando fora, mas logo parei e comecei a ajuda-las. Os pedidos não paravam, trabalhávamos das 6 horas à meia-noite, quase virávamos a noite trabalhando devido à quantidade de pedidos.” 

Após a morte da mãe, Mislaine paralisou as atividades. “Em novembro a minha mãe contraiu a Covid-19, foi preciso interná-la, entubá-la e, posteriormente, por complicações foi internada novamente. Ela faleceu em dezembro, foi quando paramos com as máscaras porque quem costurava era ela, eu só cortava e embalava, parei tudo por não ter noção de costura.” 

Mislaine relata que, por meio da fé, conseguiu enfrentar os desafios e continuar com o legado que sua mãe deixou. “Após três meses, eu ia vender as máquinas de costura, foi quando pedi um direcionamento para Deus porque eu não queria desfazer dos equipamentos e queria continuar, mas não sabia como. Um dia, enfrentei o medo e comecei a fazer as máscaras. O que me motivou a retornar com a confecção de máscaras foi a perda da minha mãe. Decidi continuar com o projeto dela porque ela se orgulhava muito. Além de confeccionar, ela doava máscaras e, muitas vezes trabalhou o dia inteiro para fazer e realizar a doação. Eu resolvi seguir os passos dela, faço as máscaras e outros tipos de costuras.” 

A costureira detalha, por fim, quais os tipos de máscaras mais vendidos. “Agora voltaram os pedidos de novo, temos mais modelos diferentes, como a das blogueiras, que vendem muito, além da 3D, bico de pato, personalizadas (infantil e adulto) e de renda.” 

Autor

Myllayne Lima
Repórter de O Regional.

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