
Começou neste final de semana o Circuito Sesc de Artes na região de Catanduva, com atrações culturais em Ibirá e Paraíso, no sábado e domingo, respectivamente. As ações são organizadas pela equipe do Sesc Catanduva, que ainda levará o roteiro itinerante para Colina, no dia 24 de maio, Monte Alto, no dia 25, Novo Horizonte, no dia 31, e Bebedouro, em 1º de junho.
Em entrevista ao jornal O Regional, Luciano Domingos da Silva, gerente adjunto do Sesc Catanduva afirmou que o principal objetivo é democratizar o acesso à cultura, levando gratuitamente diversas manifestações artísticas como música, teatro e artes visuais a espaços públicos em várias cidades, em parceria com os sindicatos do comércio e as prefeituras.
“Essa iniciativa se alinha diretamente com a missão do Sesc de promover o bem-estar social e a qualidade de vida tanto dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo quanto da população em geral, oferecendo oportunidades de lazer, aprendizado e convívio que estimulam o desenvolvimento cultural e a inclusão social”, declarou o gestor da unidade local.
O Regional: Como o Circuito Sesc de Artes contribui para a promoção da cultura nas comunidades?
Luciano: De diversas maneiras. Primeiramente, ao levar apresentações e oficinas gratuitas diretamente aos espaços públicos, ele facilita o acesso da população, incluindo aqueles que podem ter menos oportunidades de contato com atividades culturais. Isso estimula o interesse e a apreciação pelas diferentes formas de arte. Além disso, o Circuito frequentemente valoriza artistas e produções locais, oferecendo uma plataforma para que mostrem seu trabalho e interajam com seu público. As atividades também desempenham papel crucial ao desenvolver habilidades artísticas e o conhecimento cultural. Ao ocupar praças e parques com arte, o Circuito transforma esses espaços em pontos de encontro e celebração da cultura local, fortalecendo o senso de pertencimento e identidade cultural.
O Regional: Quais são os critérios para selecionar os artistas e as atrações? Elas são regionalizadas?
A curadoria do Circuito Sesc de Artes adota critérios diversos e adaptáveis a cada edição e contexto regional. Prioriza-se a qualidade artística, a inovação, a diversidade de linguagens e a capacidade de conexão com o público. Há um olhar atento para propostas que dialoguem com as características e a identidade cultural das regiões atendidas, valorizando a produção local e promovendo um intercâmbio cultural enriquecedor. Essa valorização se estende também a ações formativas oferecidas aos grupos e artistas locais, impulsionando ainda mais o desenvolvimento cultural nas regiões onde o Circuito atua.
O Regional: Como o Sesc avalia o impacto do Circuito nas comunidades?
O Sesc entende que o Circuito Sesc de Artes promove um impacto cultural e social significativo nas cidades atendidas, especialmente por ser realizado em localidades onde não há uma unidade física do Sesc. Essa característica amplia o alcance da instituição às populações, democratizando o acesso à arte e à cultura por meio da ocupação dos espaços públicos e estimulando o desenvolvimento cultural e a reflexão entre os participantes. O Circuito é visto como uma ferramenta essencial para levar as ações do Sesc a um público mais amplo e contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida em diversas comunidades.
O Regional: Qual o papel do Sesc Catanduva na organização do circuito e os principais desafios?
O Sesc Catanduva planeja, articula e produz o Circuito Sesc de Artes nas cidades sob sua abrangência. Ele define a programação, mobiliza parcerias locais e garante a realização do evento, ampliando o acesso à cultura. Os maiores desafios envolvem a logística complexa de levar a estrutura para diversas cidades com infraestruturas variadas, a necessidade de engajar e mobilizar públicos distintos, envolver os parceiros locais, a seleção de uma programação diversa e adequada, e a gestão de imprevistos como as condições climáticas.
O Regional: Como o Circuito Sesc de Artes se adapta às diferentes realidades?
O Circuito se adapta através de uma curadoria sensível que considera os interesses e a cultura local, da flexibilidade de formatos e espaços, da parceria e diálogo com a comunidade, de ações formativas contextualizadas e de uma comunicação direcionada, buscando atender às necessidades específicas de cada localidade.
O Regional: O Sesc é elogiado – inclusive pelos artistas – justamente por ser o único a abrir espaço para o teatro, circo e outras manifestações culturais. Vocês têm essa ciência?
Sim, temos plena ciência dessa realidade e valorizamos muito esse reconhecimento. Para muitas comunidades, especialmente em cidades menores ou mais afastadas dos grandes centros, o Sesc, através de iniciativas como o Circuito Sesc de Artes, é fundamental para democratizar o acesso a diversas manifestações artísticas como teatro e circo. Essa atuação cumpre um papel crucial na formação de público, no fomento à produção cultural e na valorização dos artistas.
O Regional: A preservação da cultura é, de fato, um dos pilares do Sesc?
A valorização da cultura é um dos pilares do Sesc São Paulo, intrinsecamente ligadas à sua missão de promover ações socioeducativas que contribuam para o bem-estar social e a qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, de seus familiares e da comunidade. O Sesc São Paulo busca valorizar a diversidade cultural brasileira, estimular a produção local e nacional, facilitar o acesso à cultura e contribuir para a formação de público. Ações como o Circuito Sesc de Artes demonstram esse compromisso.
O Regional: Quais são os planos futuros para o Circuito Sesc de Artes e como ele poderá evoluir?
Os planos para o Circuito Sesc de Artes envolvem um processo contínuo de aprimoramento. Após cada edição, as equipes das unidades se reúnem para avaliar os pontos de melhoria, garantindo que a experiência do público e dos artistas seja cada vez mais rica e relevante.
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