Definir em qual escola a criança vai estudar é uma decisão que vai muito além da mensalidade ou da proximidade de casa. Essa escolha influencia o aprendizado, a rotina e até os valores que serão reforçados no dia a dia.
De acordo com o IBGE (PNAD Contínua, 2024), as famílias brasileiras destinam, em média, 17% da renda mensal à educação privada, o que mostra o peso desse investimento.
Para a especialista em relacionamento da UMA Educação, Solange Pescaroli, de Fernandópolis, é preciso encarar a matrícula como um compromisso de longo prazo. “Não é apenas sobre onde o filho vai estudar, mas sobre qual ambiente vai ajudar a formar vínculos, valores e visão de mundo. Escolher a escola é escolher parceiros nessa jornada”, afirma.
Cinco pontos devem estar no radar das famílias, começando pela proposta pedagógica e resultado. “Entenda qual é a linha adotada pela escola (tradicional, construtivista ou metodologias ativas) e confira indicadores de desempenho em provas externas”, orienta.
Também é preciso avaliar estrutura e recursos: observe se há espaços adequados, biblioteca, laboratórios e tecnologia disponíveis. Um ambiente bem cuidado favorece o aprendizado.
Quanto à segurança e protocolos, a especialista diz que é preciso avaliar como a instituição organiza o controle de entrada e saída e se possui equipes preparadas para situações de emergência. Do mesmo modo, constante se há professores motivados e qualificados, pois eles fazem diferença. Além disso, pergunte sobre capacitação contínua e apoio socioemocional.
Por fim, com relação à cultura e valores: “O alinhamento entre o que a escola pratica e o que a família acredita é fundamental para a criança se sentir segura e confiante.”
Para Solange Pescaroli, observar esses aspectos ajuda a evitar arrependimentos. “Quando os valores da família e da escola caminham juntos, a criança cresce em um ambiente saudável, que favorece tanto o aprendizado quanto a formação para a vida”, garante.
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