A Cia da Casa Amarela irá estrear uma nova peça teatral no domingo, dia 1º de outubro, intitulada “Bebês”. A apresentação será no Sesc de Catanduva, situado na Praça Felício Tonello, nº 228, no bairro Vila Rodrigues. O início está previsto para as 10h30 e entrada é gratuita.
A nova montagem da Cia da Casa Amarela, não é para bebês, mas sim para toda a família. Crianças, jovens e adultos irão se identificar com a proposta do espetáculo, que tem humor, crítica e sensibilidade, características essenciais dos atores, diretores e dramaturgos Drika Vieira e Carlinhos Rodrigues ao longo de 28 anos de história de uma das mais premiadas companhias teatrais do estado de São Paulo.
A Cia da Casa Amarela é a única do interior que conquistou os prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e Mambembe. Ao todo são mais de 100 prêmios e milhares de apresentações em todo o Brasil e Portugal.
Reconhecida pela crítica especializada como uma referência na dramaturgia e estética para crianças, jovens e embora se dedique também à primeira infância, a nova produção “Bebês” tem um foco crítico, de alerta, sobre a influência do mundo externo na formação do ser humano e o quanto as ações de adultos e da sociedade podem interferir no crescimento e sentimentos das crianças.
A HISTÓRIA
Três bebês despertam para a vida e para o mundo, de forma cômica e poética. Numa proposta contemporânea e arrojada, o espetáculo propõe uma reflexão crítica sobre a forma como os pequenos são influenciados pelo mundo dos adultos. Aprendendo a socializarem entre si, surgem descobertas, brincadeiras, interações e vivências que arrancam risos da plateia, conduzindo o espectador a um final surpreendente e emocionante.
Sussurros, gritos, gestos delicados, agressividade, acusações, gentileza, afetividade e outras tantas ações moldam o ser humano. A encenação sem texto – fruto de intensa pesquisa e modernidade – embala o público num misto de sentimentos pouco comuns no teatro infanto-juvenil. A montagem traz, além do casal que há décadas se dedica ao teatro, o filho dos atores, Ian Costa, que também assume – ao lado dos pais – a dramaturgia, a direção e a encenação, subindo no palco com eles.
A trilha sonora é composta de rock, com artistas que fizeram e permanecem na história como Elvis Presley, The Beatles, Queen, além de outros com um nicho mais específico como Belle and Sebastian, Björk e Florence and The Machine, que ajudam a contar a história dos três bebês.
Segundo a atriz Drika Vieira, “a Cia da Casa Amarela sempre usou a sonoplastia e iluminação como personagens que expressam e complementam textos, expressões e ideias. Já usamos música clássica, portuguesa, espanhola, jazz, blues e mais recentemente a Bossa Nova em várias montagens. Pela primeira vez, usaremos rock”, diz.
Carlinhos Rodrigues explica que “o rock é muito expressivo quando se trata de demonstrar sentimentos e ilustrar situações. E é incrível como bebês e crianças em geral apreciam rock. Estamos falando de um rock mais melódico muito embora há bebês que amam o mais pesado”.
O ator também revela que foi natural a inserção do rock no espetáculo à medida que pesquisavam. “Quando iniciamos os primeiros movimentos de construção dos personagens e encenações, tudo pedia uma música muito específica. E a cada cena, pensávamos que Elvis, Beatles, Cyndi Lauper ou Björk cabiam bem ali. E assim se desenvolveu. Vamos do rock clássico ao soft rock, do progressivo ao indie. Tem tudo a ver com a montagem”, complementa.
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