Cia Arte das Águas comemora 15 anos com circulação por 15 cidades
De 17 de julho a 17 de agosto, companhia sediada em Ibirá apresenta musicais sertanejos, faz bate-papos e oficinas gratuitas
Fotos: Estevam Collar - Zoológico de Catanduva receberá ‘O Menino Coruja’ em 17 de agosto
Por Da Reportagem Local | 19 de julho, 2024

Em comemoração aos seus 15 anos de trajetória dedicada à pesquisa continuada com foco no teatro popular musical e nas raízes do interior paulista, a Cia Arte das Águas, sediada em Ibirá, circula com três espetáculos musicais sertanejos de seu repertório por 15 cidades do estado entre os dias 17 de julho e 17 de agosto.

Intitulado Comitiva Esperança - Uma Circulação Caipira pelo Ser‘tão’ Nosso, o projeto leva “Sou Caipira, Ibirá, Póra - Teatro musical sertanejo em uma andança, utopias e uma chegança”, “Mazzaropi, um certo sonhador” e “O menino coruja” a territórios que dialogam com as temáticas dos trabalhos, além de bate-papos e oficinas. 

A circulação passará por Águas de Lindóia, Itapira, Piracicaba, Águas de São Pedro, Pereira Barreto, Ilha Solteira, Presidente Prudente, Tupã, Itajobi, Bauru, Paraguaçu Paulista, Sorocaba, Santa Bárbara D’Oeste, Sertãozinho e Catanduva. Cada espetáculo será apresentado em cinco cidades. Todas as sessões são gratuitas e terão interpretação em Libras.

“Este projeto foi pensado a partir da importância de fomentar a cultura e o artista local. Os espetáculos escolhidos compõem a grade de trabalhos que estão atualmente em circulação e todos têm, em sua linha de construção, uma ligação muito forte com momentos dos atores envolvidos, suas histórias, dramas, sonhos, frustrações e vivências que, ao longo destes 15 anos mantiveram a companhia em pé”, afirma Antonio Bucca, fundador e diretor da companhia.

ESPETÁCULOS

Com direção geral e musical de Luiz Carlos Laranjeiras (ex-integrante do Teatro Ventoforte e parceiro de coletivos como Andaime, Coletivo dos Anjos e Cia. Burucutu), “Sou Caipira, Ibirá, Póra” é um musical de rua que retrata o artista e a sua criação, assim como o universo caipira da cultura raiz do interior paulista, com músicas sertanejas antigas, atuais e autorais, contos, causos, depoimentos reais e fictícios, contextualizando com temas atuais como homofobia, machismo estrutural e a desvalorização da arte. O pano de fundo é a descoberta das águas de Ibirá, cidade que comporta uma tradicional estância hidromineral, com seus poderes de cura.

Dirigido por Fabiano Amigucci (ator, produtor e diretor na companhia Cênica), parceiro de longa data da Cia, “Mazzaropi, um certo sonhador” canta e conta a vida e obra de Amácio Mazzaropi, imortalizado no cinema nacional por personificar a imagem do caipira. A história acompanha uma trupe ambulante que chega para contar a trajetória do artista, de menino tímido do interior a empresário bem-sucedido do ramo cinematográfico.

Já “O menino coruja” é um infanto-juvenil com direção geral de Ivan Parente (ator, cantor e dublador, integrante do grupo Teatro Mágico e intérprete de Lindomar Gomes na novela do SBT “As Aventuras de Poliana”) inspirado em relatos de aprendizes do projeto social mantido pela Arte das Águas há cerca de 10 anos. Em cena, os dramas de um menino em busca de reconstituir a família após a morte da mãe e a solidão do pai. Nessa jornada, o personagem conecta-se com o canto dos pássaros.

O projeto é viabilizado pelo Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e Lei Paulo Gustavo.

Apresentações na região serão em agosto

A jornada começou por Águas de Lindóia na quarta-feira, dia 17, e chegará à região de Catanduva em agosto. Itajobi abrirá o mês no dia 1º, com a exibição de “Mazzaropi, um certo sonhador” às 19 horas, na Praça Nove de Julho. Já Catanduva fechará a grade do evento no dia 17, com “O Menino Coruja” sendo apresentado às 14h30 no Zoológico Municipal Missina Palmeira Zancaner.

Após cada sessão, haverá bate-papo entre artistas e público, abordando os processos de montagem e temáticas dos espetáculos, com os temas “Andanças e Utopias”, “Mazzaropi tá devórta” e “O Canto da Coruja”, esse com participação de uma psicóloga convidada.

Cada cidade também recebe uma oficina gratuita coordenada pela Cia Arte das Águas em torno de sua pesquisa e das práticas utilizadas. São elas: “Teatro, música e cultura popular”, “Dramaturgia musical” e “O jogo estabelecido para a interpretação”.

No período das apresentações, a companhia disponibiliza a gravação dos três espetáculos com audiodescrição, libras e legenda descritiva em seu canal no YouTube (@ciaartedasaguas).

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Da Reportagem Local
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