A Comissão Especial de Inquérito – CEI criada pela Câmara de Catanduva para investigar possíveis irregularidades nos loteamentos de interesse social da Associação Bom Pastor confirmou nesta terça-feira, 20, que tomou providências legais para que membros da diretoria da entidade, que não compareceram às oitivas realizadas na segunda-feira, sejam conduzidos coercitivamente.
A condução coercitiva é uma medida legal que permite que uma pessoa seja levada à presença da autoridade policial ou judiciária – ou, no caso, aos integrantes da CEI, mesmo contra a sua vontade, para prestar depoimento ou para ser interrogada em uma investigação.
Não prestaram depoimentos a presidente da Associação Bom Pastor, Marilza Onório da Silva Pinto, e também o tesoureiro Rogério Dominiciano Pinto. “A gente deliberou publicamente para quinta-feira próxima a condução coercitiva e o não comparecimento é grave, porque nós não estamos aqui para brincar”, argumentou o presidente da CEI, vereador Mauricio Gouvea (PSDB).
Ao jornal O Regional, o parlamentar disse que as oitivas foram positivas, apesar da ausências das pessoas que, segundo ele, são consideradas importantes para a apuração. Afirmou, também, que o depoimento da secretária municipal de Negócios Jurídicos, Gabriela Machado Piva, “é cristalino” quanto à força feita pelo Poder Executivo para que a CEI não prospere.
“O que eu vejo de positivo e negativo é a tentativa do Executivo de barrar a CEI. Quem não deve não teme. Se não tem nada a esconder, né? Deixa as pessoas dar seus depoimentos e não entra com ação para tentar barrar a CEI. Enquanto isso a gente procura trazer a verdade para a população, são 2 mil famílias que até hoje não tem o seu pedaço de terra”, completa.
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