A Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada pela Câmara de Catanduva para apurar possíveis irregularidades relacionadas aos loteamentos da Associação Bom Pastor ingressou, nesta terça-feira, 11, com pedido de afastamento judicial do prefeito Padre Osvaldo (PL) do cargo.
A comissão afirma ter reunido provas de que o chefe do Executivo estaria usando a máquina pública municipal “com o objetivo de atrapalhar o trabalho de investigação da CEI, que foi criada para auxiliar cerca de 2 mil famílias, que há quase sete anos aguardam por seu imóvel próprio”.
O protocolo foi feito no Fórum de Catanduva com petição acompanhada por documentos e mídias digitais. O pedido de afastamento será analisado pelo Poder Judiciário. Se acatado, o prefeito ficaria de fora do cargo enquanto durarem os trabalhos da CEI da Associação Bom Pastor.
A comissão é formada pelos vereadores Mauricio Gouvea (PSDB), presidente, Marquinhos Ferreira (PT), relator, e Gleison Begalli (PDT). O grupo chegou a interromper os trabalhos após liminar concedida à Associação Bom Pastor, que acabou sendo derrubada na segunda-feira, 10.
Na ocasião, Gouvea se disse feliz por retomar as atividades da CEI e que seriam feitas novas deliberações. “A CEI vem para defender os anseios de duas mil famílias que há mais de 6 anos vêm sendo enganadas, a gente vem para cobrar de quem prometeu esse pedaço de terra”.
Questionado por O Regional a respeito do pedido de afastamento, Padre Osvaldo disse acompanhar os desdobramentos da CEI com naturalidade e afirmou, em nota, “que o seu trabalho continua em prol ao desenvolvimento da cidade e em benefício da população”.
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