Catanduvense de 29 anos vence Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu 2025
Foto: Arquivo Pessoal - Bia Galvão é do grupo Jiu das Manas, que incentiva o Jiu-Jitsu entre mulheres
Bianca Galvão passou pelo ballet, natação, dança, yoga e triathlon antes de se descobrir na modalidade e passar a treinar em SP
Por Da Reportagem Local | 03 de maio, 2025

A catanduvense Bianca Galvão, de 29 anos, é a atual campeã brasileira de Jiu-Jitsu, categoria pena, faixa branca, após conquistar o 1º lugar no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu – CBJJ 2025, em torneio realizado no último dia 26, em Barueri, no Ginásio Poliesportivo José Corrêa.

Bia, como é chamada pelos familiares e amigos, mora atualmente em São Paulo. Ela é do grupo Jiu das Manas, equipe que incentiva a prática entre mulheres, promovendo acolhimento, força e pertencimento. Após o título brasileiro, Bia foi graduada e passou a ser faixa azul.

“Mulheres de qualquer academia podem treinar conosco. Os treinos acontecem na Academia Dream Art, no bairro Brooklin, na capital paulista”, explica Bia, que tem como mestra Ana Rodrigues (ARod), faixa preta bicampeã mundial e detentora de diversos títulos. Ana ainda é atleta profissional.

Na academia Dream Art, Bia conheceu Ana nas aulas de defesa pessoal para 5 mulheres, que migraram para o Jiu-Jitsu. “Hoje o grupo conta com 40 participantes da modalidade. Vieram mulheres de diferentes academias, de diversas faixas e, principalmente, muitas que nunca tinham tido contato com o Jiu-Jitsu, mas buscavam algo além da defesa pessoal: um espaço seguro, conexões verdadeiras, um novo estilo de vida”, comenta.

Bianca já praticou ballet por 14 anos, natação, dança, yoga e triathlon antes de começar no Jiu-Jitsu. Segundo ela, os esportes foram pilares para sua saúde mental, quando superou o luto pelo falecimento de seu pai, Heveraldo Galvão.

Ele foi advogado em Catanduva, professor universitário de Direito em várias faculdades, mestre e consultor de Negócios do Sebrae. Quando jovem, representou Catanduva em Jogos Regionais, na modalidade de basquete. Ele faleceu em 2021, vítima de pancreatite.

“Foi após o falecimento do meu pai que o esporte virou um pilar da minha saúde mental. A corrida e o yoga me ajudaram a sair do luto, e o triathlon me mostrou que, ao superar desafios físicos, eu também me fortalecia emocionalmente”, revela.

Segundo ela, o Jiu-Jitsu chegou em 2023, após indicação de uma amiga do yoga. “A princípio, era só curiosidade. Mas encontrei ali uma transformação que eu não esperava. O Jiu-Jitsu me reconectou comigo mesma, me ajudou a elaborar a dor da perda do meu pai e me mostrou a força que eu tenho. No tatame, enfrento minhas sombras, meus medos, meu ego — e saio de cada treino mais consciente, mais humilde e mais forte”, falou ela para o site Universo Esportivo.

Para Bia, treinar uma arte marcial é um ato político. “É aprender a se defender, a ocupar espaços, a desenvolver presença, foco e autocontrole. É encontrar conforto no desconforto. É sobre coragem, disciplina e comunidade. E é, acima de tudo, sobre transformação”, frisou a atleta.

Antes do título brasileiro, Bianca havia conquistado o 1º lugar no Rio Open 2025 e a 3ª posição no Sulamericano 2024 CBJJ. Ela treina três vezes por semana e faz aulas particulares com a ARod sempre que possível. “Costumo dizer que são verdadeiras sessões de 'terajitsu’, porque além do treino técnico, são momentos de muita conversa, autoconhecimento e aprendizado emocional.”

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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