O catanduvense Rodrigo Antonio de Souza, conhecido como Rodriguinho, promoverá um campeonato de Bete (também conhecida como Bets ou Betia) em Catanduva nos dias 11 e 12 de março. As inscrições para participar da disputa abrem nesta segunda-feira, dia 30. O Bete é uma modalidade praticada com o uso de tacos e uma bola, tendo sido bem popular no Brasil.
A iniciativa de realizar o evento surgiu após sucesso dos encontros de carrinho de rolimã que Rodriguinho organizou na cidade. “As lembranças do passado nos fizeram começar a pensar como seria organizar tal campeonato. E, com apoio dos amigos, estamos já na reta final”, declara.
Ele explica como funciona o jogo que será praticado no campeonato. “Para jogar bets, são necessários dois tacos de tamanho médio; dois alvos, que podem ser garrafas plásticas, latas de refrigerante ou pedaços de madeira apoiados em forma de tripé; e uma bola pequena de borracha, uma bola feita de meias, ou até mesmo uma bola de tênis”, descreve.
Segundo Rodrigo, o campeonato irá funcionar de forma regrada, onde serão distribuídas as equipes, formando a tabela eliminatória até chegar à final, com a premiação do 1°ao 3° colocado. “Quem tiver interesse [em participar], basta formar a sua dupla e entrar em contato no WhatsApp (17) 99739-8555. Terá uma pequena taxa para arcarmos com a premiação e estaremos enviando as fichas de inscrição e as regras do jogo”, explica.
Apesar da data já estar confirmada, a organização ainda aguarda o número de inscritos para definir o local e o horário de início do campeonato. “Estamos aguardando também a resposta da Prefeitura Municipal para possível parceria e então divulgaremos local e horário”, esclarece.
RESGATANDO TRADIÇÕES
O lema de Rodrigo para os eventos que promove é “Resgatando tradições”, que surgiu de uma necessidade. Ele afirma que a cada dia se vê mais os filhos distantes de seus pais, sem saber como é ter esta aproximação de poder brincar, curtir, saber mais sobre histórias de infância deles, como eram as brincadeiras e as amizades.
“Nos tempos de moleques, em que não tínhamos os tablets, celulares e acesso a tão amada internet, brincávamos nas ruas, de pés descalços e fazíamos amizades. Sempre tinha o amigo do amigo que vinha brincar e se tornava amigo também. As disputas eram ferrenhas pois quem perdia teria que esperar as demais equipes jogar”, relembra.
É esse sentimento que ele busca trazer de volta para as gerações de hoje com os eventos que promove, pois proporcionou a ele e seus amigos muita alegria. “É isso que queremos resgatar. É a infância raiz, as brincadeiras, os encontros, as histórias e a certeza que aquilo de mais precioso que conquistamos e que perduram por tanto tempo não tem dinheiro que compra, a amizade.”
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