Catanduva registra mortandade de peixes no rio São Domingos
Fenômeno foi observado no trecho que corta a área urbana do município, a partir do cruzamento com a rua Amazonas
Fotos: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS - Reportagem recebeu fotos e vídeos enviados por comerciantes mostrando peixes mortos ao longo do ribeirão
Por Rodrigo Ferrari | 14 de outubro, 2022
 

Nos últimos três dias, um fenômeno ambiental tem chocado moradores de Catanduva. Desde a última terça-feira, 11, centenas de cadáveres de peixes de diversas espécies têm sido vistos boiando no leito e nas margens do rio São Domingos.    

O fato tem ocorrido com mais força a partir do trecho que se inicia na altura da rua Amazonas e segue em direção à avenida 24 de Fevereiro e depois rumo à foz. Pela manhã, a reportagem recebeu fotos e vídeos enviados por comerciantes que atuam na avenida São Domingos, próximo ao cruzamento com a rua Ceará.    

Em áudio, um deles afirmou estar chocado com o fato, que, de acordo com ele, vem ocorrendo desde terça. Ele diz ter percorrido as imediações do rio, mas que não avistou peixes mortos no trecho entre a Unidade de Pronto-Atendimento 24 horas (UPA 24h) e a rua Amazonas. O problema, portanto, poderia estar ocorrendo no Centro.    

A Superintendência de Água e Esgoto de Catanduva (Saec) foi questionada a respeito da mortalidade dos peixes no rio São Domingos. Em nota, a autarquia alega que “que uma equipe fez uma vistoria in loco na manhã desta quarta-feira, dia 12, e não constatou nenhum tipo de vazamento de esgoto na área onde os peixes foram encontrados mortos”. “As equipes irão manter o monitoramento do local no período da tarde e também quinta-feira.  O caso será encaminhado à Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura para as devidas providências”, afirma o texto.   

Na manhã de ontem, a reportagem questionou a assessoria de comunicação da prefeitura, quanto a eventuais medidas que estariam sendo tomadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura, visando apurar e resolver o caso da mortandade dos peixes. Até o fechamento desta edição, porém, o órgão não enviou qualquer resposta.    

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), agência do Governo do Estado responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição, também foi procurada por O Regional.    

Em resposta, o órgão informou que uma equipe técnica da Cetesb, da Agência Ambiental de São José do Rio Preto, esteve no local ontem e teria constatado “uma pequena quantidade de peixes mortos”.   

“Os valores detectados em amostragens efetuadas em campo, por equipamento denominado oxímetro, detectaram uma situação ambientalmente controlada, notadamente ao parâmetro oxigênio dissolvido, indicativo de situação favorável para a ictiofauna local. Durante a inspeção não foram identificados lançamentos de efluentes que pudessem ter causado a mortandade”, alega a Cesteb.    

Apesar disso, a nota afirma que “em casos de mortandade de peixes é de suma importância que a população comunique de imediato a Cetesb, pois as situações pontuais de poluição, que podem ter provocado a mortandade, normalmente são passageiras e de difícil detecção quanto à origem, dias depois do ocorrido”. 

Autor

Rodrigo Ferrari
É jornalista de O Regional.

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