A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Catanduva está realizando a primeira edição do Censo da População de Rua. A ação é coordenada pelo Centro Pop, unidade especializada no atendimento a esse público.
De acordo com Isabela Stuginski, psicóloga e coordenadora do Centro Pop, o objetivo do Censo é traçar perfil das pessoas que vivem nas ruas da cidade. “É um instrumento em que a gente pega uma parcela da população e traça um perfil. A gente vai desde idade e sexo até o acesso dessas pessoas às políticas públicas, como educação, saúde e assistência social”, explica.
Segundo ela, o objetivo é estabelecer formas para ampliar o acesso dessas pessoas aos direitos que elas têm. O trabalho começou no dia 6 e deverá prosseguir até 17 de maio.
“A estimativa era recensear pelo menos 20 pessoas, mas essa meta já foi alcançada, então a intenção é chegar a 40. Hoje a cidade tem cerca de 120 pessoas em situação de rua”, diz.
No Centro Pop é oferecido atendimento psicossocial, a fim de garantir direitos dessas pessoas e definir formas de auxílio para que eles retomem vínculos familiares e tentem traçar um plano para sair das ruas. Além disso, há local para tomar banho, lavar roupa, ambiente para guardar pertences e alimentação – café da manhã, lanche da manhã e lanche da tarde.
INVISÍVEIS
As pessoas que vivem nas ruas tendem a permanecer invisíveis nas estatísticas oficiais, já que a metodologia adotada pelo IBGE para realização do Censo Demográfico coleta as informações da população domiciliada. Na última estimativa feita pelo Governo Federal indicava que, antes da pandemia, havia mais de 220 mil pessoas vivendo nas ruas das cidades brasileiras.
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