Catanduva pode se beneficiar com status de zona livre de febre aftosa
Município contabilizou, na primeira quinzena de agosto, 377 cabeças de gado de corte; além disso, registra altos números de animais vacinados
Crédito: CNA/Wenderson Araujo/Trilux - Em Catanduva e mais 17 municípios, mais de 126 mil animais foram imunizados em maio
Por Da Reportagem Local | 27 de agosto, 2023

Apesar de mais da metade das exportações de Catanduva ser de açúcar de cana, a cidade também contribui com a bovinocultura de corte, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Diante do anúncio de que São Paulo vai se tornar zona livre de febre aftosa sem vacinação, após a próxima etapa de imunização, as exportações de carne podem ganhar novo fôlego no município.

O comunicado oficial foi feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária em cumprimento ao plano estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa.

De janeiro a julho deste ano, a exportação de carne bovina representou 2,6 % de tudo que foi enviado ao exterior pelo Estado de São Paulo. No município, até a primeira quinzena de agosto foram contabilizadas 377 cabeças de gado de corte em Catanduva, o que reforça as expectativas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

De acordo com William Alves Correia, médico veterinário da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, com o reconhecimento internacional de zona livre de aftosa, novos mercados estão por vir. “Abrem-se novas possibilidades de exportação para a carne paulista, uma vez que há países que compram apenas diárias que possuem esse status sanitário. É o caso do Japão, Coreia do Sul e México.”

Segundo Correia, esse status sanitário contra a febre aftosa significa que São Paulo atingiu todos os níveis para que o Ministério da Agricultura e Pecuária peça à Organização Mundial de Saúde Animal que o Estado deixe de vacinar o seu rebanho.

“Quando a gente fala de febre aftosa, a Organização Mundial de Saúde Animal classifica os países em status, que variam desde o risco desconhecido para a doença até o de zona livre sem vacinação, que é o mais alto. Hoje em dia, o Brasil todo é considerado zona livre, com algumas áreas já sob status sem vacinação, como os estados da região Sul, por exemplo, e outras sob status com vacinação, como é o nosso caso aqui”, explica o especialista.

E complementa: “O Estado de São Paulo agora alcançou todos os níveis necessários para que o Ministério da Agricultura possa submeter o pedido à Organização Mundial de Saúde Animal para a evolução do nosso status, fazendo com que a gente integre então os estados que deixam de vacinar os bovídeos, que é um passo necessário para esse nosso novo patamar aqui.”

Ainda assim, a campanha de vacinação contra a febre aftosa acontecerá normalmente em novembro, conforme explica o veterinário. “Com relação a campanha em si, não muda nada. Ainda devemos vacinar todos os bovídeos até 24 meses de idade nessa próxima etapa de novembro de 2023. Aliás, é importante ressaltar que por se tratar da última, nossa responsabilidade é grande para que possamos manter nossos índices, que sempre foram bem altos, e fazermos uma vacinação memorável, demonstrando que o pecuarista paulista é comprometido com a sanidade de seu rebanho.”

Em Catanduva e mais 17 municípios atendidos pelo Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) local, na campanha de vacinação de maio, mais de 126 mil animais foram imunizados.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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