O mercado de trabalho de Catanduva mostrou retração no mês de julho e teve o primeiro resultado negativo de 2023. Em um único mês, foram fechadas 321 vagas de emprego formal no município, pondo fim a uma sequência favorável de seis meses, com abertura consistente de postos de trabalho. O saldo do ano, entretanto, segue positivo em 1.210 vagas.
Os números referentes a julho do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho. No país, foram criados mais de 142 mil postos de trabalho com carteira assinada no sétimo mês do ano. No acumulado, o saldo entre janeiro e julho foi superior a 1 milhão e 116 mil novas admissões.
Em Catanduva, foram registradas 12.841 contratações e 11.631 desligamentos no período de sete meses. O melhor desempenho foi do setor de serviços, que abriu 680 novas vagas e acumula estoque de 18.402 empregos formais. O comércio gerou 213 vagas, a indústria 196, a agropecuária 97 e a construção civil 24. O estoque global é de 40.267 trabalhadores.
Das 1.210 vagas geradas, 777 foram ocupadas por homens e 433 por mulheres. Na divisão por faixas etárias, foram 702 ocupações para o grupo de 18 a 24 anos, seguido por 244 para pessoas de até 17 anos – mostrando que a preferência é pelo público jovem. Os outros grupos são: 30 a 39 anos (150), 40 a 49 anos (146), 25 a 29 anos (129). Acima de 50 anos, houve corte de vagas.
Quanto ao grau de instrução, pessoas com Ensino Médio completo tiveram vantagem e o saldo desse grupo foi de 661 vagas no período. Os demais apareceram na seguinte ordem: Ensino Superior completo (276), Fundamental completo (86), Médio incompleto (75), Fundamental Incompleto (54), Superior incompleto (53), e, por fim, Analfabetos (5).
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‘Estou feliz pela oportunidade nesta retomada’
Depois de 2 anos e meio afastada do mercado de trabalho e dois meses procurando emprego, Kenya Gomes, 34 anos, foi contrada por uma clínica médica em Catanduva. Ela é formada em técnico em Administração e, até então, dedicava-se aos cuidados do lar e à maternidade.
Tendo como foco as áreas comercial e de atendimento, ela diz ter sentido dificuldade no processo de recolocação por conta do grande contingente de profissionais qualificados em busca de novos horizontes no mercado de trabalho.
“Um desafio para a volta ao mercado de trabalho foi um ponto particular, devido às minhas responsabilidades do lar e maternidade”, confidencia ela, celebrando logo a seguir. “Estou muito feliz pela oportunidade que me foi confiada para desenvolver um trabalho qualificado, responsável e de empatia com o próximo.”
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