Catanduva ocupa a 234ª colocação no ranking divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sobre a expansão do estoque de empregos. A pesquisa, feita com base em dados do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, mapeou os municípios campeões na criação de postos de trabalho ao longo de 20 meses. 

De acordo com a CNC, no caso de Catanduva, a taxa de variação dos estoques de pessoas ocupadas no trabalho formal foi de 13%, tendo sido criadas 4.515 vagas durante o período avaliado, de julho de 2020 até fevereiro de 2022. 

No estudo, o órgão mapeou, dentre os 5.570 municípios brasileiros aqueles cujo mercado local empregava, em junho de 2020, pelo menos 10 mil trabalhadores formais, ranqueando-os de forma decrescente pela taxa de expansão do mercado formal de trabalho. 

Conforme levantamento do Jornal O Regional com base em dados do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, órgão ligado ao Ministério da Economia, Catanduva fechou o ano de 2020 com 37.457 empregos formais. Em 2021, o estoque de postos com carteira assianda saltou para 38.887. Ao final de fevereiro de 2022, o montante chegou a 39.432. 

Como resultado da pesquisa da CNC, descobriu-se que entre os 20 municípios com maior avanço na abertura líquida de postos de trabalho estão os polos exportadores de commodities agrícolas ou minerais ou destinos turísticos reconhecidos no contexto econômico brasileiro. 

A liderança do ranking ficou com Canaã dos Carajás-PA, cuja variação do estoque chegou a 66%, com saldo de 7.370 postos de trabalho, polo de extrativismo mineral, assim como Parauapebas-PA, 13º lugar na lista, cujo estoque aumentou 24%, com 12.067 novas vagas no período. 

Segundo a CNC, o turismo, por sua vez, constitui-se em atividade relevante para a metade dos 20 municípios listados distribuídos por diversas unidades da Federação, entre eles Porto Seguro-BA (+52% ou +10.019), Araruama-RJ (+39% ou +5.019), Gramado-RS (+31% ou +4.445), Caldas Novas-GO (+24% ou +3.922) e Balneário Camboriú-SC (+24% ou +9.493). 

“Municípios com características daquelas apresentadas pelos municípios em destaque tendem a continuar em evidência no cenário da oferta de emprego ao longo de 2022, na medida em que já havia uma tendência crescente de pressão sobre a cotação das commodities com o início da recuperação econômica global, porém acelerada a partir da deflagração do conflito no Leste Europeu”, projeta a CNC. 

HISTÓRICO 

No quadrimestre encerrado em junho de 2020, a diferença entre admissões e desligamentos no mercado formal do Brasil acumulou saldo negativo de 1,73 milhão de empregos celetistas. Naquela ocasião, o país vivia a fase mais aguda dos desdobramentos econômicos decorrentes da pandemia com retrações que chegaram a acumular perdas em todos os segmentos. 

Já a partir de julho daquele ano, iniciou-se um processo praticamente contínuo de retomada do nível de ocupação, cujo acúmulo de vagas geradas revelou um saldo de +4,44 milhões até fevereiro de 2022 –equivalente a expansão de 12% em relação ao estoque de junho de 2020. 

Sob diversas perspectivas a recuperação do emprego formal não ocorreu de forma homogênea. No âmbito municipal, por exemplo, 59% dos municípios fecharam 2020 com mais admissões que desligamentos de trabalhadores. Em 2021, esse percentual avançou para 86,2%.