Levantamento feito por O Regional no banco de dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelou que Catanduva foi o município que cresceu menos no quesito populacional nas duas últimas décadas, na comparação com outros de porte semelhante de São Paulo.
Para fazer a pesquisa, foram consultados os resultados dos Censos de 2000 e 2010, e também a prévia do Censo de 2022 divulgada pelo IBGE no dia 25 de dezembro do ano passado. Os números mais recentes vão nortear o cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Para escolher os municípios a serem comparados, a reportagem optou por aqueles que, em algum desses momentos, 2000, 2010 e 2022, teve população semelhante à de Catanduva, ainda que as cidades tenham seguido ritmos diferentes de crescimento antes ou depois disso.
Chegou-se, assim, a um grupo de 15 cidades, valendo destacar entre elas algumas que tiveram crescimento acentuado, diferenciando-se das demais: casos de Paulínia, que passou de 51.326, em 2000, para 115.870, em 2022; e de Mairiporã, que saltou de 60.111 para 113.573.
SOBE E DESCE
Com base no resultado comparativo, Catanduva passou de 105.847 (2000) para 112.820 (2010), com crescimento de 6,5%, e tem, agora, segundo a prévia do Censo, 114.943 (2022), com alta de apenas 1,8% em 12 anos. Na somatória, é o menor índice entre todas as cidades.
Cidade que abre a lista na ordem alfabética, Araras é um caso que inspira atenção. Em 2000, o município tinha 104.196, abaixo de Catanduva; porém, dez anos depois já havia superado a Cidade Feitiço, com 118.898 e chega aos dias atuais com 131.300 (2022), segundo o IBGE.
Barretos, capital do Rodeio e referência no tratamento contra o câncer, passou de 103.913 (2000) para 112.101 (2010) e depois para 119.427 (2022), deixando Catanduva para trás. O mesmo fez Birigui, que saiu de 94.671 (2000) e tem, atualmente, 118.365 (2022).
Seguindo a relação, são várias outras que saíram debaixo na tabela e ultrapassaram Catanduva no número de habitantes: Guaratinguetá, Itatiba, Ribeirão Pires, Sertãozinho, Tatuí, Valinhos e Várzea Paulista. Ourinhos e Poá ainda não atingiram o mesmo patamar, mas crescem rápido.
|
População Censo 2000 |
População Censo 2010 |
Crescimento 2000/2010 |
Prévia Pop. Censo 2022 |
Crescimento 2010/2022 |
Araras |
104.196 |
118.898 |
14,1% |
131.300 |
10,4% |
Barretos |
103.913 |
112.101 |
7,8% |
119.427 |
6,5% |
Birigui |
94.671 |
108.728 |
14,8% |
118.365 |
8,8% |
Catanduva |
105.847 |
112.820 |
6,5% |
114.953 |
1,8% |
Guaratinguetá |
104.219 |
112.091 |
7,5% |
116.847 |
4,2% |
Itatiba |
81.197 |
101.450 |
24,9% |
116.275 |
14,6% |
Mairiporã |
60.111 |
80.920 |
34,6% |
113.573 |
40,3% |
Ourinhos |
93.868 |
103.026 |
9,7% |
108.678 |
5,4% |
Paulínia |
51.326 |
82.150 |
60% |
115.870 |
41% |
Poá |
95.801 |
106.033 |
10,6% |
109.450 |
3,2% |
Ribeirão Pires |
104.508 |
113.043 |
8,1% |
116.174 |
2,7% |
Sertãozinho |
94.664 |
110.094 |
16,2% |
127.670 |
15,9% |
Tatuí |
93.430 |
107.975 |
15,5% |
122.991 |
13,9% |
Valinhos |
82.973 |
106.968 |
28,9% |
132.846 |
24,1% |
Várzea Paulista |
92.800 |
107.146 |
15,4% |
125.054 |
16,7% |
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