Catanduva é 35ª mais sustentável do país; Itajobi lidera na região
Estudo leva em conta o cumprimento dos 17 ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU
Foto: Divulgação/Saec - Qualidade da água, aferida em laboratório pela Saec, alcançou indicador máximo
Por Guilherme Gandini | 08 de agosto, 2023

Catanduva subiu 16 posições do ano passado para este ano e ocupa agora a 35ª colocação no ranking de cidades mais sustentáveis do país. O levantamento compõe o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC), divulgado no domingo, 6, a partir de iniciativa do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), no âmbito do Programa Cidades Sustentáveis.

O estudo possibilita o monitoramento em nível local do cumprimento dos 17 ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU - Organização das Nações Unidas, em 2015, de forma a cumprir a chamada Agenda 2030. O acordo global visa à prosperidade econômica, ao desenvolvimento social e à proteção ambiental e, para isso, estabelece 169 metas.

“Há um índice para cada objetivo e outro para o conjunto dos 17 ODS, de modo que seja possível avaliar os progressos e desafios dos municípios brasileiros para o cumprimento da Agenda 2030, de modo geral, e para cada objetivo que ela estabelece, em particular”, indica o ICS ao apresentar a pesquisa, que envolveu 100 indicadores de fontes oficiais dos 5.570 municípios brasileiros.

Catanduva alcançou 60,4 pontos, em índice que varia de zero a 100, sendo este o limite máximo que indica desempenho ótimo no cumprimento dos ODS. O resultado é enquadrado como nível de desenvolvimento sustentável alto, que compõe resultados entre 60 e 79,99 pontos. Apenas 45 cidades conseguiram esse desempenho: São Caetano do Sul é a líder com 63,42.

Dos 17 ODS, Catanduva teve avaliação máxima em quatro deles: 6 - Água potável e saneamento, 7 - Energias renováveis e acessíveis, 13 - Ação climática e 14 - Proteger a vida marinha. No ano passado, apesar de ficar na 51ª posição, somou 61,3 pontos e destacou-se nos objetivos 7, 14 e 9 - Indústria, inovação e infraestruturas – que recuou 118% e caiu ao último patamar.

Em cinco outros objetivos, a cidade caminha bem, apesar de ter desafios a cumprir: 3 - Saúde de qualidade, 8 - Trabalho digno e crescimento econômico, 10 - Reduzir as desigualdades, 11 - Cidades e comunidades sustentáveis e 12 - Produção e consumo sustentáveis.

Em outros três itens, o desenvolvimento de Catanduva foi considerado médio: 1 - Erradicar a pobreza, 4 - Educação de qualidade e 16 - Paz, justiça e instituições eficazes. Em um único caso, a classificação foi baixa: 2 - Erradicar a fome.

Por fim, em quatro ODS, Catanduva tem grandes desafios pela frente para sair do último estágio de classificação – marcado com a cor vermelha. São elas: 5 - Igualdade de gênero, 15 - Proteger a vida terrestre, 17 - Parcerias para implementação dos objetivos, além do já citado 9 - Indústria, inovação e infraestruturas. A boa notícia é que, no ano passado, eram oito ODS nessa situação.

Itajobi e Elisiário ficam entre as 20 melhores do Brasil

No cenário do desenvolvimento sustentável no Brasil, as representantes da região de Catanduva que melhor se posicionaram foram Itajobi, na 18ª colocação (61,11), e Elisiário, em 19º (61,00). Quando englobada a área de São José do Rio Preto, quem lidera é Bady Bassitt, 12ª do país (61,81). Fernandópolis aparece na 17ª posição (61,14) e Rio Preto somente em 118º (58,66).

“Ao conquistar a posição entre as 20 melhores cidades entre os 5.570 municípios do país, Itajobi demonstra um compromisso sólido com um futuro equilibrado e próspero”, comemorou a Prefeitura de Itajobi, citando o foco na “abordagem estratégica e empenhada para promover o bem-estar da população e ao mesmo tempo respeitar e preservar o meio ambiente.”

Além de Itajobi, Elisiário, os municípios da microrregião de Catanduva aparecem no ranking de cidades mais sustentáveis na seguinte ordem: Marapoama (24), Urupês (49), Pindorama (235), Catiguá (309), Novais (351), Novo Horizonte (424), Tabapuã (495), Santa Adélia (496), Palmares Paulista (553), Paraíso (798), Embaúba (804) e, por fim, Ariranha (2.078).

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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