Catanduva deve ganhar carteirinha para identificar pessoas autistas
Grupo de Mães TEApoio comemora conquista, que representa atendimento prioritário em serviços públicos e privados
Foto: DIVULGAÇÃO - Fórum teve apresentação de dança com alunos da Apae e exposição de quadros do projeto Corujas do Bem
Por Guilherme Gandini | 21 de junho, 2022
 

Começará a ser emitida em Catanduva a Ciptea, a Carteira de Identificação da Pessoa com Espectro Autista, que concede prioridade nos atendimentos. A novidade foi confirmada pela Prefeitura de Catanduva durante o 1º Fórum Municipal sobre o Autismo, no dia 10 de junho. O link para cadastro e o passo a passo para emissão ainda não foram divulgados.  

De acordo com o Grupo de Mães TEApoio, a Ciptea representa garantia de atenção integral, prioridade nos atendimentos e acessos aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. “Outra vantagem é quantificar essas crianças para pleitear políticas públicas necessárias”, frisa Cláudia Vaz de Lima, fundadora do grupo.  

Mãe do Lorenzo, de 10 anos, diagnosticado aos 3 anos e meio como autista grau 1, Cláudia criou o grupo no Whatsapp em 2019, com intuito de ajudar outras mães com sua experiência. “Em 2020, fundei o Grupo de Mães TEApoio, com objetivo de buscar junto aos órgãos responsáveis o cumprimentos dos direitos de pessoas com TEA, o Transtorno do Espectro do Autismo.”  

Ela administra o grupo de apoio que soma 60 integrantes, com mães ativamente organizadas na luta, entre elas Fernanda Fiaes, Leiliane Pronesti, Patricia Mantovani, Michele Mathias, Patricia Bertolini e Roseli Batista.   

“Estamos lutando por uma Catanduva mais inclusiva para nossa comunidade autista. Não vamos parar até fazer da nossa cidade uma referência em tratamento do autismo”, enaltece. 

O movimento ganhou apoio da vereadora Taise Braz (PT), que envolveu-se na organização do fórum e celebrou a conquista da Ciptea nas redes sociais. “Desde o ano passado venho acompanhando esse grupo e, em agosto, emitimos requerimento solicitando a emissão do Ciptea, que é uma lei federal, mas sem nenhuma base para emissão do documento. Então cada estado e município ficou responsável pela emissão. A Coodenadoria de Inclusão Social e a Secretaria de Assistência Social elaboraram as regras e o layout”, relata.  

A parlamentar reforça que a carteirinha dará direito ao atendimento prioritário em várias situações do dia a dia, tanto nos serviços públicos quanto privados. “Seja na fila do supermercado, para fazer a matrícula na escola, para uma consulta ou atendimento médico.”  

FÓRUM  

O 1º Fórum Municipal sobre o Autismo teve palestras de Paula Flávia Meneghessi, assistente social da Apae, Marcela Alvares, secretária de Assistência Social, Mônica Malaquias, que falou sobre o projeto Corujas do Bem. Marcaram presença a equipe multidisciplinar do projeto TEAcolher, de Novo Horizonte, e representantes das secretarias da Educação, Assistência Social, Cultura, Esporte e da OAB Catanduva. 

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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