A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista - CipTEA já está sendo utilizada em Catanduva. Portando o item, o indivíduo tem assegurada a prioridade no atendimento e acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. Segundo dados da Coordenadoria de Inclusão Social, até o momento foram entregues 85 unidades do documento.
Em Catanduva, a carteirinha foi criada em 2022, após decisão no 1° Fórum Municipal de Autismo. Foi então anunciada a implementação da CipTEA, por meio da Lei Romeo Mion - n° 13.977/2020, e através de solicitação do Grupo de Mães TEApoio à vereadora Taíse Braz (PT).
A ferramenta é considerada hoje um importante instrumento para contagem de pessoas com Transtorno do Espectro Autista em cada município, o que proporciona também melhor entendimento das necessidades dos mesmos.
Segundo o Grupo de Mães TEApoio, com a apresentação do documento é possível ter benefícios como gratuidade no estacionamento do shopping e benefícios no espaço de games; desconto em atividades como natação, dependendo dos locais; gratuidade em parques e circos que passam pela cidade; facilidade de identificação e prioridade em prontos socorros e hospitais, bancos, lojas e outros.
A CipTEA possui informações importantes como nome da pessoa, RG, endereço, telefone, nome do responsável, número do cartão do SUS e até tipagem sanguínea.
Para solicitar a carteira de identificação é preciso ter o laudo em mãos e fazer requerimento por meio do formulário online disponível no site catanduva.sp.gov.br. Em seguida, o documento será emitido pela Coordenadoria de Inclusão Social e entregue ao responsável em sete dias.
EXPERIÊNCIA PESSOAL
Roseli Batista de Lima é mãe do Miguel, diagnosticado com TEA, e faz parte do grupo TEApoio. Ela conta que, quando entram em qualquer estabelecimento que exija identificação, seja administrativo, na área da saúde ou no comércio, imediatamente apresenta a carteirinha de seu filho ao atendente, o que resulta em um atendimento prioritário, ágil e com olhar mais humanizado.
“Embora a pessoa possa ter pouco ou nenhum conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), ela reconhece que ali há uma condição que requer abordagem diferenciada. Por essa razão, sentimos a necessidade de ampla divulgação para a sociedade de Catanduva, para que todos tenham conhecimento dos benefícios que a CipTEA oferece às pessoas dentro do Espectro Autista”, aponta.
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