Cardiologista alerta para aumento de doenças cardiovasculares no inverno
Médico Hélio Trida Fernandes enumera cuidados para diminuir o risco e destaca fato de que o infarto é mais perigoso até os 50 anos
Crédito: Divulgação - A época mais fria do ano pode desencadear doenças como infarto, angina, isquemia no coração e arritmias
Por Da Reportagem Local | 14 de maio, 2023

O inverno está associado ao aumento dos casos de doenças cardiovasculares e da mortalidade cardiovascular. O risco de infarto, por exemplo, pode ser até 30% maior nesta época do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia. A cada diminuição de 10 graus na temperatura mínima, as chances de ter um infarto aumenta 7%.

O médico cardiologista Hélio Trida Fernandes explica porque os riscos aumentam: “Em relação a essa época do ano, em que as temperaturas começam a baixar um pouco, a tendência é que a pressão arterial se leve um pouco. Então quem já tem algum problema cardíaco, problema de hipertensão, que é a pressão alta, quem já teve infarto e tem questão de angina, o ideal é se agasalhar um pouco mais, tomar um pouco mais de cuidado, porque no frio a tendência é que a pressão arterial suba um pouco.”

É comum também as pessoas mudarem os hábitos alimentares durante o inverno e deixarem de praticar atividades físicas, o que pode levar ao aumento de peso. Comer alimentos mais gordurosos e calóricos pode gerar alterações do perfil metabólico e ser prejudicial à saúde cardiovascular. Portanto, por mais que a época mais fria do ano não seja tão convidativa para alguns hábitos, é importante intensificar as medidas de prevenção de doenças do coração.

O cardiologista ainda enumera outros cuidados, como evitar a exposição a um vento muito gelado para não ter uma vasoconstrição, que são quando os vasos sanguíneos ficam mais contraídos e com isso a pressão vai subir favorecendo aparecimento de dor no peito, infarto, angina e esse tipo de doença cardíaca.

“Todas as pessoas, tanto as saudáveis quanto as pessoas que já têm problemas cardíacos têm que tomar um cuidado um pouquinho maior pela elevação da pressão e porque no inverno as pessoas tomam menos água, então ocorre uma desidratação maior, acabam comendo mais e acabam engordando. Então todo cuidado tem que ser tomado, mas não é um cuidado muito diferente do que tem que se tomar no dia a dia”, afirma o médico.

A época mais fria do ano pode desencadear doenças do coração, como infarto, a angina, que é um tipo de dor no peito, isquemia no coração, que a falta de circulação nas artérias coronárias, e arritmias cardíacas. Tais condições podem provocar dores no peito, falta de ar, coração acelerado, náuseas e tonturas, por exemplo.

Apresentar um ou mais desses sintomas não significa, necessariamente, um infarto ou outra doença cardiovascular, mas é importante buscar orientação de um médico ou ir à emergência de um hospital para avaliar o caso. Não é indicado esperar os sinais e sintomas piorarem.

Fernandes ainda esclarece que o infarto é mais perigoso em pessoas com até 50 anos porque elas não têm a chamada formação de circulação colateral. “Pessoas mais de idade, com o passar do tempo, as artérias do coração vão se entupindo e o próprio organismo vai criando caminhos alternativos para esse sangue desviar essa obstrução. Pessoas mais novas não têm esse caminho alternativo porque ainda não deu tempo de formar. Então quando uma artéria se entope é mais grave, pois o sangue não tem por onde passar, levando a quadros mais graves de infarto”, alerta.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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