Candidatos jogam as fichas em impulsionamento e conteúdo para as redes sociais
Apesar de não abandonarem meios tradicionais, políticos tentam aproveitar alcance da Internet
Foto: STOCKPHOTOS - Candidatos têm apostado suas fichas nas redes sociais na busca por votos
Por Rodrigo Ferrari | 18 de setembro, 2022
 
 

A campanha eleitoral deste ano mal teve tempo de engrenar e já se encaminha para o fim. Dentro de exatas duas semanas, os brasileiros irão às urnas para eleger presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. Seguindo tendência observada nas últimas disputas, neste ano os candidatos têm apostado suas fichas nas redes sociais, como forma de ampliar o alcance de suas mensagens.    

A situação é bem nítida quando analisamos as prestações de contas dos políticos de Catanduva e também de alguns que têm campanha expressiva na cidade. Os gastos com impulsionamento no Google (que, entre outros, é dono do YouTube, site mais acessado do Brasil) e no Facebook (que também é dono do Instagram) aparecem com destaque entre os valores informados à Justiça Eleitoral.    

Na campanha de João César Moraes (PL), que tenta se eleger deputado estadual, os impulsionamentos no Facebook representam o terceiro principal gasto. Foram R$ 15 mil destinados para a rede, até o momento. Já o Google recebeu R$ 15 mil do candidato.    

Apesar da aposta no digital, os políticos não abandonaram os meios tradicionais como santinhos, adesivos e bandeiras. No caso de João César, por exemplo, os gastos com a elaboração das artes e impressão desses materiais chega a R$ 61 mil.    

A campanha de Beth Sahão (PT) destinou R$ 12 mil, até o momento, para a Adyen do Brasil, empresa que processa os pagamentos de diversas empresas do mundo digital, incluindo o Facebook. Além disso, ela registra despesa de R$ 51 mil com a Cajuína Produções e Mídia Digital Eireli, de São Paulo. De acordo com o que foi informado na prestação de contas da candidata, o conjunto de serviços prestados pela empresa envolve não apenas produção de conteúdo digital e gestão das redes, mas também elaboração de materiais impressos, site e de programas de rádio, TV ou vídeo.    

Ainda que os valores pagos à Cajuína e ao Facebook fossem somados, eles ficariam bem abaixo dos mais de R$ 130 mil que a campanha da petista gastou na impressão de santinhos, bandeiras, adesivos, panfletos e jornais.    

SEM IMPULSIONAMENTO   

Os outros dois candidatos catanduvenses a deputado estadual não investiram, pelo menos por enquanto, em impulsionamento nas redes. O médico Ricardo Zupirolli (PMB) registrou receita de apenas R$ 1 mil e não apresentou nenhum gasto na prestação de contas.    

Já o Comandante Robinson Casal (PDT), que já tem pouco mais de R$ 15 mil em gastos totais, por ora optou por não recorrer a impulsionamentos. Isto não significa, porém, que as redes não ocupem espaço crucial na estratégia do candidato. Ele aposta no desempenho orgânico de seus conteúdos, especialmente no Instagram e no YouTube, rede na qual possui mais de 400 mil inscritos em seu canal 'Arte da Guerra'.    

Dos candidatos catanduvenses a federal, apenas Sinval Malheiros (Patriota) tem despesas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no momento. Contrariando a tendência atual, o ex-deputado tem concentrado seus gastos em meios tradicionais de divulgação como impressos, adesivos e bandeiras. Diariamente ele posta diversos conteúdos nas redes, mas ainda não informou na prestação de contas qualquer investimento em impulsionamento. 

Autor

Rodrigo Ferrari
É jornalista de O Regional.

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