Candidatos de Catanduva arrecadaram R$ 1,915 milhão nesta campanha
Valores foram informados ao Tribunal Superior Eleitoral nas prestações de conta
Foto: DIVULGAÇÃO - Beth (Estadual) e Sinval (Federal) foram os que mais receberam recursos
Por Rodrigo Ferrari | 02 de outubro, 2022
 

As eleições deste ano estabeleceram limites de gastos consideráveis para candidatos a deputado federal e estadual. Os primeiros poderiam investir até R$ 3.176.572,53 em suas campanhas, ao passo que os segundos tinham com teto a quantia de R$ 1.270.629,01.    

Na prática, porém, as arrecadações dos candidatos catanduvenses nesta eleição ficaram muito abaixo do limite máximo de gastos determinado pela legislação eleitoral. Juntos, os quatro postulantes aos cargos de deputado federal e os quatro que disputam uma vaga na Assembleia Legislativa conseguiram amealhar a quantia de R$ 1.915.532,92.    

Esse valor, embora supere em mais de R$ 600 mil o teto dos estaduais, é quase R$ 1,2 milhão menor que o limite que os candidatos a federal tinham para gastar. Dois políticos catanduvenses não receberam um centavo sequer de recursos do fundo eleitoral.    

O candidato a deputado estadual Ricardo Zupirolli (PMB) é um deles. Atualmente, o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que ele não tem prestação de contas realizada. Dias atrás, constava na página uma doação de R$ 1 mil, feita pelo próprio médico para sua campanha. Mas atualmente essa informação já não está disponível na consulta.    

No início do período eleitoral, o ortopedista catanduvense já não tinha perspectivas de receber recursos do partido, já que o Partido da Mulher Brasileira (PMB), ao qual ele é filiado, não tem direito ao fundo eleitoral.  

A esperança de Zupirolli era conseguir fazer alguma dobrada com um candidato a federal que pudesse auxiliar em suas despesas. Mas as conversas acabaram não avançando. “Foi uma campanha simples, sem recursos e com apoio de familiares, amigos, pacientes e clientes”, afirma o ortopedista, ao comentar sobre sua estrutura nesta eleição.   

Outro que também não recebeu recursos partidários foi Beto Cacciari, que tenta uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PL. Ele bancou quase que integralmente a própria campanha, investindo do próprio bolso o total de R$ 308.800,00. Outros R$ 4.999,00 vieram de uma doação de pessoa física. Entre os candidatos que apresentam maior volume de campanha, o médico é o único que não utilizou dinheiro do fundo eleitoral.    

Outro caso que chama atenção é o de Nilton Candido (PSB), que recebeu pouco mais de R$ 46 mil de seu partido. No debate da Vox FM/O Regional, o advogado denunciou que sua legenda estaria privilegiando determinados candidatos, em detrimento de outros. “Eles não querem que surjam novas lideranças”, afirmou o ex-vereador, que diz estar sendo boicotado pelo PSB em sua tentativa de se eleger deputado federal.  

CAMPEÕES DE ARRECADAÇÃO   

Entre os políticos catanduvenses que disputam esta eleição, quem mais arrecadou, disparadamente, foi a ex-deputada estadual Beth Sahão (PT). Foram R$ 440 mil da direção nacional de seu partido, além de R$ 62 mil do diretório estadual. Ela também se beneficiou das diversas dobradas feitas com deputados federais com mandato ou políticos com influência no comando nacional da legenda - caso do secretário nacional de comunicação do PT, Jilmar Tatto, que doou R$ 30 mil para Beth. No total, ela obteve quase R$ 680 mil para sua campanha.    

Em seguida está Sinval Malheiros, que recebeu R$ 315.421,70 de seu partido, o Patriota. Até o momento, esta é a única fonte de recurso declarada pelo médico. Um dado curioso, porém, é que o maior gasto registrado pela campanha são R$ 65.421,70 pagos pelo político catanduvense ao Diretório Nacional do partido.    

O também candidato a deputado federal Fábio Manzano obteve cerca de R$ 250 mil para investir na campanha, sendo R$ 200 mil destinados pelo MDB. Já João César Moraes, que disputa uma vaga na Assembleia Legislativa, recebeu uma quantia parecida, de R$ 253.457,44, dos quais R$ 250 mil foram enviados pelo PL.    

Um caso que chama a atenção entre os estaduais é o do Comandante Robinson Casal (PDT), que utilizou uma plataforma on-line para obter doações de eleitores. Ao todo, 1.057 eleitores contribuíram com a campanha do militar na plataforma Voto Legal, que registra, até o momento, R$ 59.692,82 arrecadados. De acordo com a assessoria do candidato, seus gastos de campanha ficaram em torno de R$ 115 mil. 

 

Autor

Rodrigo Ferrari
É jornalista de O Regional.

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