Candidatos a deputado federal evitam confronto direto e focam propostas
Quatro participantes do encontro procuraram modular discurso às estratégias adotadas por suas campanhas
Foto: O REGIONAL - Candidatos de Catanduva optaram por adotar uma postura de cautela durante debate
Por Rodrigo Ferrari | 30 de setembro, 2022
 

Os candidatos a deputado federal que participaram do debate da Vox FM/O Regional, ontem pela manhã, optaram por adotar uma postura de cautela, evitando confrontos diretos e focando em suas propostas.    

Desde o início do programa, às 10h, os quatro participantes procuraram modular seus discursos às estratégias adotadas ao longo de suas respectivas campanhas. Beto Cacciari (PL), por exemplo, fez questão de se apresentar como o candidato de Jair Bolsonaro em Catanduva. Apesar de a todo instante citar os nomes do presidente da República e também dos candidatos a governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ao senado Marcos Pontes (PL), ele prometeu agir com independência, caso seja eleito. “Não vou dizer amém a tudo”, disse.   

No primeiro bloco, ao responder uma pergunta sobre desemprego, por exemplo, ele acabou abordando o tema educação. “Sou contra a erotização precoce de nossas crianças”, afirmou. Essa pauta é um tema recorrente entre os apoiadores do presidente da República.    

No terceiro bloco, quando teve a oportunidade de questionar outro participante, Beto perguntou a Fábio Manzano (MDB), em quem o advogado votaria para presidente e governador. O ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Catanduva afirmou que seu único compromisso partidário seria com o candidato a deputado estadual Itamar Borges, seu colega de legenda. Disse, também que, apesar de se identificar com posicionamentos de direita, é contra a polarização e a agressividade que marcam a política brasileira.    

TÉCNICO   

Beto reafirmou, então, que seria o único candidato a federal de Bolsonaro, optando por uma postura mais política. Manzano, por sua vez, adotou a postura de técnico. No primeiro bloco, ao falar sobre desemprego, citou várias empresas que teria ajudado a trazer a Catanduva, caso da Havan, por exemplo.    

Em vários momentos, ele também procurou enfatizar sua formação em gestão pública, além dos serviços que ele tem prestado a prefeituras da região nessa área, nos últimos anos. Ele defendeu a austeridade fiscal e o teto de gastos. “Não se pode aceitar que flexibilizem em ano eleitoral. Isso vai deixar uma conta pesada para o Brasil no ano que vem”, afirmou.    

FRANCO ATIRADOR   

Conhecido por sua oratória inflamada, desde os tempos de vereador, Nilton Candido (PSB) apostou no estilo “franco atirador”. Fez críticas aos atuais deputados federais e cobrou redução nos orçamentos de todas as casas legislativas brasileiras.    

A Reforma da Previdência, realizada em 2019, foi outro ponto muito criticado pelo advogado. “Vou trabalhar para corrigir essa injustiça feita com as mulheres”, disse o candidato, que não poupou nem mesmo seu partido, o PSB. Ele denunciou que alguns candidatos a deputado federal teriam recebido R$ 2 milhões de fundo eleitoral, ao passo que ele teria ganho pouco mais de R$ 40 mil para investir na campanha. “As direções partidárias não querem que haja renovação e impedem o surgimento de novas lideranças”, afirmou.    

MÉDICO   

Sinval Malheiros (Patriota), por seu turno, procurou focar sua participação na área da saúde. Sempre buscando imprimir uma postura mais conciliatória em sua fala, ele evitou embates, mesmo quando foi chamado ao centro do “ringue”, como quando foi questionado por Fábio Manzano sobre como teria votado no impeachment de Dilma Rousseff (PT), quando ainda era deputado.    

Como a questão também tratava de suas realizações como parlamentar, Sinval preferiu usar quase todo seu tempo elencando emendas que obteve para a cidade, especialmente na área da saúde para a Fundação Padre Albino. Ao fim, quando a palavra já havia retornado a Manzano, ele esclareceu que seu voto havia sido pela perda do mandato de Dilma, por discordar das chamadas pedaladas fiscais.

Autor

Rodrigo Ferrari
É jornalista de O Regional.

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