O jovem Brendon Lee Santos de Oliveira, de 15 anos, foi convocado para participar do campeonato mundial de Muay Thai na Tailândia, que acontece de 5 a 23 de março. Morador de Palmares e sem apoio ou patrocínio, seu pai Sidnei Aparecido de Oliveira deu início a uma campanha de arrecadação online para arcar com os custos da viagem.
Para poder entrar na Tailândia, o atleta precisa levar, no mínimo, 2 mil dólares, o que seria cerca de R$ 10 mil na cotação atual. Segundo o pai de Brendon, já foram arrecadados quase R$ 8 mil e para atingir a meta necessária precisam completar com mais ou menos R$ 3 mil.
A campanha consiste em uma rifa solidária, onde Sidnei irá sortear sua própria moto a fim de ajudar o filho, e também uma “vaquinha”. Faltam números a serem vendidos na rifa e os interessados podem entrar em contato com pelo número (17) 99733-6904, no WhatsApp. Será enviado um link, onde a pessoa pode escolher seu número e efetuar o pagamento via Pix, cuja chave é 37629331000103. Além dessa opção, é possível doar diretamente para a “vaquinha” online que está sendo feita pelo link https://www.vakinha.com.br/.
Sidnei conta que começou a treinar artes marciais ainda em 1990, quando chegou a Palmares. Desde então, já praticou Capoeira, Kung Fu, Karatê, Kickboxing, Boxe chinês e, por último, o Muay Thai, e passou essa paixão para Brendon. “Comecei a dar aulas em 2010 e hoje, com 43 anos, adoro dar aulas. Meu filho, logo quando nasceu, jogava capoeira com ele no colo porque ele gostava, tocava o berimbau e ele já mexia as perninhas. Hoje eu não forço, ele faz porque ele ama, assim como eu”, relembra Sidnei.
Ele ainda conta que ir para a Tailândia sempre foi um sonho seu, mas que não pôde realizar e agora faz o possível e o impossível para ajudar seu filho, que treina desde os oito anos de idade, a chegar onde tanto queria.
“Estarei realizando meu sonho ajudando meu filho a ir até lá. Ele é bem mais novo, tem mais chances do que eu. Com 15 anos ele está com a energia 100%, tem mais tempo para treinar e se dedicar aos esportes e às artes marciais no geral. E por isso eu o incentivo bastante a ir, porque independente da luta será uma viagem de intercâmbio que ele poderá fazer. Vai ganhar muito conhecimento e acrescentar muito em sua vida”, pontua.
Sobre colocar sua moto para ser sorteada na rifa, Sidnei conta que nem pensou duas vezes antes de fazê-lo, mesmo este sendo seu único veículo disponível para trabalhar.
“Moro em uma cidade pequena, então o patrocínio e ajuda são poucos. O apoio que eu tenho são das pessoas ajudando a vender e comprando a rifa ou ajudando na vaquinha. É todo um esforço nosso, vendendo de porta em porta, vendendo online. Por isso eu nem pensei. A moto é o único veículo que eu tenho, uso para ir ao meu trabalho e para as cidades vizinhas para dar minhas aulas, mas abri mão para realizarmos esse sonho dele e meu”, destaca.
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