A manifestação feita por caminhoneiros e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na rodovia Washington Luís, nas proximidades do Aeroporto, segue em andamento. Durante toda a terça-feira, apenas uma faixa da pista permaneceu liberada para a passagem de veículos de passeio e de urgência. Não há previsão para o término dos atos em favor do presidente.
“A proporção (do movimento) ficou gigante. A gente está aqui com o propósito de recuperar o nosso país, porque não acreditamos em tudo que está acontecendo, nunca vamos deixar um ex-presidiário assumir o poder. E hoje a gente está lutando pela intervenção federal”, afirmou o empresário Ricardo Rebelato, um dos organizadores do movimento na cidade.
As lideranças bolsonaristas estão convocando a população para estar no local, próximo à Havan de Catanduva, nesta quarta-feira, feriado, às 9 horas, para o ato de resistência civil e “para exigir o cumprimento do artigo 142” da Constituição Federal.
Pelo texto da carta magna, o artigo regulamenta o papel das Forças Armadas e sua constituição, composta por Aeronáutica, Marinha e Exército, e diz que são instituições nacionais permanentes, "organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República", para defesa da Pátria, garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Na interpretação dos apoiadores de Bolsonaro, entretanto, esse trecho da constituição daria às Forças Armadas um poder de moderação quando hover um conflito entre os poderes.
DOAÇÕES
Uma barraca foi montada próximo à rua Anuar Pachá, na marginal da Washington Luís, para receber doações da população para os caminhoneiros que estão no local de forma contínua. Foram doados alimentos de todos os tipos, frutas, garrafas de café, água e produtos higiênicos.
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