A Câmara de Catanduva deverá entrar de vez na modernidade, no que se refere à questão ambiental. Isso porque o Legislativo poderá ganhar, ainda este ano, placa solar fotovoltaica, equipamento capaz de produzir energia elétrica a partir da luz solar. Outro investimento será no sistema de reuso de água, com captação de água da chuva para utilização na Casa de Leis.
Os pontos ambientalmente corretos foram apresentados pelo presidente Gleison Begalli (PDT) em entrevista ao Jornal O Regional. “Demos andamento às contratações da energia fotovoltaica na Câmara, quero fazer o reuso da água e também diminuir a quantidade de papel usado, com adoção de algumas ferramentas para diminuir a papelada que a Câmara consome”, resumiu.
Sobre a energia, uma parceria precisará ser firmada com a Prefeitura devido à falta de local adequado para colocação das placas solares. “A gente tem uma dificuldade de espaço no telhado, porque tem uma sombra do prédio da Prefeitura, então a gente está vendo se a Prefeitura viabiliza um telhado que sirva, sem gerar nenhuma despesa ao município.”
Segundo Gleison, as medidas vão ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) instituídos pela Organização das Nações Unidas, a ONU. “Queremos dar o exemplo para o melhor aproveitamento das energias e da água. Por ser a casa do povo, nada melhor do que a gente dar o exemplo de como deveria a ser, servir como modelo para a sociedade”, pontua.
Aliado a isso, pondera o parlamentar, outro projeto é viabilizar avaliação do Executivo baseada nos ODS, criando um índice que aponte se o município realmente está caminhando na direção correta. “São diretrizes que norteiam a boa adminsitração pública. Os bons gestores, bons administradores, devem se ater a esses objetivos e atuar de tal forma que consiga alcançá-los.”
OUTRAS MEDIDAS
Uma das metas de Begalli para sua presidência, diz ele, é a melhoria da interação social, aproximando Legislativo e comunidade. “Avançamos muito nisso e na questão da transparência, mas quero melhorar ainda mais, com a transparência que atenda de fato aos interesses coletivos. A gente também pretende instalar, antes do final do ano, a Câmara Itinerante.”
Ele também quer melhorar a acessibilidade com relação às informações da Câmara, com uso da Libras e criação de um site mais interativo. “Tem também as consultas públicas que é uma das vertentes que quero instituir: consultar a população sobre o que está sendo discutido na Câmara. É um processo que provavelmente será eletrônico, mas que a gente quer adotar.”
Gleison fala ainda sobre intensificar o combate à fake news: “Que hoje é um dos grandes males que nós temos dentro da gestão pública, que acaba comprometendo muito”, expõe. E promete prestar contas do final do ano. “Quero fazer prestação de contas públicas desses dois anos, algo que acho que nunca foi feito em Catanduva, reunir a sociedade para uma apresentação.”
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