O vereador Marcos Crippa (PL), presidente da Câmara de Catanduva, anunciou em primeira mão ao jornal O Regional e às rádios Vox FM e Vida FM, na sexta-feira, 11, a devolução de R$ 5 milhões para os cofres do município. O valor foi transferido para a conta da prefeitura em junho, depois de orientação do Tribunal de Contas e contato feito por ele com o prefeito Padre Osvaldo (PL).

“Temos hoje na conta da Câmara, porque tenho pagamentos a fazer, mais R$ 1,5 milhão. Então nós teríamos para devolver nesses seis meses o total de R$ 6 milhões. E o que sobrar de julho até dezembro a gente devolve no final do ano. Estaremos dentro de um número de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões”, projetou o presidente da Casa de Leis, classificando o valor como histórico.

Ele reforçou que está cumprindo promessa feita durante a campanha eleitoral e quando eleito presidente da Câmara. “Estamos cumprindo aquilo que nós prometemos: a austeridade nas contas. A Câmara tem recursos, mas precisa saber dosar. Não é meu o dinheiro, não é meu, não é dos vereadores. É do povo. O que é do povo e não foi gasto, devolve-se ao povo.”

Crippa pontuou que a economia foi conseguida a partir de cortes de contratos e da redução de cargos comissionados – e que isso não mudou em nada a prestação de serviços na casa.

“Conseguimos equacionar, colocar a casa em ordem com relação ao número de funcionários, tiramos bastante gente que nós achávamos que a Câmara não precisava naquele momento, era um número considerável que, no final do ano, passaria de milhões. E esses milhões faltam para a prefeitura, para a saúde, a educação, para investimentos.”

O parlamentar avaliou o primeiro semestre da legislatura como positivo. “Nós temos um grupo de vereadores com muita responsabilidade que nos dá a sustentação. É isso que nós precisamos, pois sozinho não conseguimos nada. Temos uma mesa diretora muito responsável, alinhada, com o melhor dos propósitos. Os demais vereadores colaboram, sabem o que nós queremos.”

Ele também reforçou que tem cumprido a missão de dar sustentação ao prefeito. “Temos que dar sustentação ao prefeito porque sabemos das intenções dele com a sociedade. Quando tem uma Câmara que rema contra, quem perde é o povo. Até este momento demos a sustentação em tudo que o prefeito precisou, nos projetos de lei que foram enviados e que trarão benefícios.”

INVESTIGAÇÃO

Na entrevista à rádio Vox FM, Marcos Crippa falou sobre a denúncia feita pelo prefeito Padre Osvaldo (PL), no dia da posse, em 1º de janeiro, de que teria ocorrido desvio de R$ 15 milhões dos cofres da Câmara, nos últimos dois anos, na presidência de Marquinhos Ferreira (PT).

“Depois da sessão de posse, o promotor pediu que se instaurasse inquérito criminal junto ao delegado seccional. E esse inquérito está caminhando. Pela Câmara, por incrível que pareça, ela não pode fazer uma fiscalização mais efetiva, porque é competência do Tribunal de Contas.”

Segundo Crippa, fiscais do Tribunal de Contas estiveram na Câmara no mês passado para realizar fiscalização referente às contas de 2024. “Temos que esperar, pois os inquéritos estão correndo. As coisas não acontecem na rapidez que todo mundo espera.”